quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Crescimento do PIB supera expectativas

 

                                             Foto: Pixabay

“Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal"

Em 2023, a economia brasileira apresentou um desempenho positivo, conforme apontado por um estudo realizado por Claudio Roberto Amitrano e Mônica Mora Y Araujo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). De acordo com informações divulgadas por Marcelo Cambria, professor de Contabilidade e Finanças na FECAP, o PIB brasileiro acumulou uma alta de 2,9% no ano, mantendo o ritmo observado em 2022. Esse resultado surpreendeu o mercado, que previa um crescimento de apenas 0,8% para o ano. Além disso, a inflação desacelerou para 4,62%, contrariando as expectativas anteriores de 5,31%.



“Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal, com um déficit primário da ordem de 2,3% do PIB e uma carga tributária em queda (de 33,07%, em 2022, para 32,44%, em 2023). O que, por sua vez, resultou no início do processo de redução da inflação e taxa de juros iniciado em agosto de 2023”, comenta.


No cenário global, as maiores economias do mundo apresentam trajetórias divergentes em relação à política monetária. Após um período de aperto sincronizado para conter a inflação resultante da pandemia, muitos países começaram a afrouxar suas políticas monetárias. No entanto, os Estados Unidos mantêm uma atividade econômica forte, o que pode fazer com que a inflação no país permaneça acima da meta de 2% pelos próximos seis a doze meses.



Nesse contexto, espera-se que o Federal Reserve dos EUA inicie o processo de normalização da política monetária em meados de 2024, embora o ritmo de redução das taxas possa ser mais gradual. A persistência da curva de juros futuros de 10 anos em patamares elevados indica que, até que o equilíbrio entre oferta e demanda seja plenamente restabelecido, o retorno às taxas de juros pré-pandêmicas ainda levará algum tempo. Este comportamento também é observado em outras economias desenvolvidas, como o Reino Unido, a União Europeia, o Japão, o Canadá e a Austrália.



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