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O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE) destaca que a recente queda no preço do feijão-carioca ultrapassou todos os limites aceitáveis, conforme informações do instituto. Tanto empacotadores quanto produtores estão de acordo que a redução foi exagerada. A previsão para a safra deste ano é menor do que a do ano passado e estará concentrada principalmente no mês de agosto. No entanto, mesmo com essa previsão, não há justificativa para que os preços estejam muito abaixo de R$ 250, e muito menos ao redor de R$ 200 como estão atualmente, antes mesmo do pico da colheita.
Um dos principais fatores que contribuem para essa situação é a limitação dos levantamentos de safra realizados exclusivamente pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Esses levantamentos não contemplam informações cruciais, como a produção de Feijão-rajado e Vermelho no Brasil. Ao incluir todas essas variedades na mesma planilha sob a categoria "Feijão cores", podem ocorrer distorções significativas, especialmente em anos como este, em que o volume de produção é menor.
Essas distorções no levantamento afetam negativamente o mercado, gerando uma percepção errônea da oferta e pressionando os preços para baixo de forma injustificada. Isso desestimula os produtores, que enfrentam custos crescentes e margens de lucro reduzidas. Além disso, o consumidor final também pode ser impactado, enfrentando oscilações de preço e qualidade nos produtos disponíveis.
“Na próxima segunda-feira, apresentaremos outros argumentos que indicam que a safra de Feijão-carioca pode ser consideravelmente menor do que o inicialmente previsto. Esses dados adicionais serão fundamentais para entender melhor a situação e tomar decisões mais informadas sobre o mercado do Feijão-carioca”, diz o IBRAFE.
AGROLINK - Leonardo Gottems
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