quinta-feira, 30 de maio de 2024

Com recursos do FIC, 8ª Edição da Pantalhaç@s retorna à Capital com cinco dias de muita arte e diversão

 



De 29 de maio a 2 de junho a população campo-grandense tem um encontro marcado com a arte do riso e palhaçaria, com espetáculos gratuitos, oficinas e rodas de conversas para o aperfeiçoamento de artistas do Estado


Com investimento do FIC, a 8ª edição da Pantalhaç@s – Mostra de Palhaç@s do Pantanal acontece nesta semana de 29 de maio a 2 de junho. O propósito do evento é fazer com que o palhaço saia do picadeiro e ganhe as ruas e os espaços culturais de Campo Grande com 13 espetáculos, 3 oficinas e duas mesas redondas para debates artísticos.


Com entrada gratuita, os espetáculos são mais que uma opção de lazer à população, pois é a oportunidade de mostrar que a palhaçaria é coisa séria e que para arrancar risos da plateia é preciso paixão pelo ofício e anos de estudos, como frisa um dos organizadores do evento e artista, Anderson Lima.


“A Pantalhaç@s surgiu no momento que os grupos de Campo Grande queriam dialogar sobre a palhaçaria. A gente juntou alguns grupos em uma mostra só de artistas locais que queriam estudar porque é caro sair para fazer curso. Na primeira edição, sob o título de ‘Risada di Cena’, reunimos só artistas locais e, de lá para cá, transformou, cresceu. Alguns artistas seguiram outro rumo e o Flor e Espinho e Circo do Mato deram continuidade e transformou isso tudo em ‘Pantalhaç@s’. Primeiro a gente trouxe um artista da Bahia, João Lima, diretor de teatro e de circo, foi um evento mais tímido e, nos anos seguintes, captamos mais recursos e, hoje, chegamos a esta edição. Já trouxemos gente do México, Argentina, Peru, Uruguai”.


A mostra é organizada pelo Circo do Mato em conjunto com a Cia Flor e Espinho Teatro e contemplada com recurso do FIC (Fundo de Investimentos Culturais), oriundo da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), do Governo do Estado.


Graças à Mostra, Campo Grande se insere no circuito internacional dos festivais de palhaçaria. E são espaços públicos como o Teatro Aracy Balabanian e o Centro Cultural José Octávio Guizzo que serão os “picadeiros” para os palhaços do Centro-Oeste, de outras regiões do País e da Argentina apresentarem a magia da arte de encantar o público e produzir risos.


A Pantalhaç@s desta edição conta com um time de peso na programação. Se apresentam: Cami Basterra, da Argentina, Celeiro das Antas  de Brasília/DF;  Palhaça Maku, da Argentina; Circo Os Kaco, de Tocantins; Palhaça Mixirica, de Campo Grande; Du Cafundó, de Mato Grosso; Palhaço Muzzarela, do Rio de Janeiro; Cia LaClass Excêntricos de São Paulo, Cia TruPior e Cia Theastai da cidade de Dourados; Palhaço Ritalino, do Paraná; Circo Caramba e Damião e Cia, de São Paulo, e Naomi Silman, de São Paulo.


Além de trazer as famílias para perto da palhaçaria, a Mostra, em todas suas edições, oferece oportunidade de reciclagem e formação do artista; nesta não será diferente, serão 3 oficinas oferecidas ao público interessado. “A última edição, o Tomate [palhaço argentino] ministrou uma oficina de confecção com balões, a gente fez a palhasseata com um polvo gigante, uma escultura gigante feita de balões. Nesta edição, teremos a contribuição de duas palhaças de grande prestígio a nível mundial, posso dizer, duas palhaças que têm um trânsito internacional grande, além da oficina de Rafael Senna, Palhaçaria com Técnicas Teatrais, artistas que vão ministrar suas oficinas e apresentar os seus espetáculos. É mais uma oportunidade de aprofundamento no trabalho artístico, lembrando que apreciar os espetáculos, também contribui para este fim, assim, artistas locais e plateia se abastecem de arte e cultura”, conta a produtora cultural, Laila Pulchério.


“Agora, a gente também quer contemplar os fazedores e fazedoras, porque como teve a pandemia e todas as tribulações, com esse tempo todo parado, a gente entende que é importante reciclar, dialogar sobre as nossas técnicas e as estéticas. Então, terão mesas redondas, que vão falar sobre a pedagogia do riso, desse tempo da pandemia e o que isso provocou no trabalho artístico, também será discutido as formas de inserção no fazer e na produção artística, queremos ouvir o que os artistas pensam a respeito, debater os temas”, completa.


Outro ponto alto desta edição é o espetáculo “O Concerto”, Palhaçaria para bebês da Cia Celeiro das Antas, de Brasília, que será apresentado no sábado (1º de junho), às 16h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo. “Não tem desculpa para ficar em casa, tem programação para toda a família. Lembrando que os espetáculos para bebês, sejam peças de teatro ou a palhaçaria, são sempre uma experiência linda também para os pais”, avalia a produtora cultural e uma das idealizadoras da mostra, Laila Pulchério.


E para aqueles avessos à palhaçaria, Anderson explica que o riso é um campo democrático e faz um convite especial. “Quem não é fã de palhaços, convido vir só para fazer um teste, porque palhaçaria é um universo muito plural e muitas vezes têm pessoas que se apropriam deste símbolo, pintando o rosto, colocando um figurinão colorido, saindo nas ruas e ‘gritando’, às vezes assustando as pessoas. E, não é porque tem o signo [cores e nariz vermelho] caracterizado no seu corpo, que é palhaço propriamente dito. Inclusive, na Pantalhaç@s a gente vai ter palhaços que não usam nariz, que não usa aquela maquiagem carregada, que é outro lugar”, argumenta ele que, como bom artista e palhaço, não perde a oportunidade para tirar onda. “Depois da Pantalhaç@s, se continuar não gostando de palhaço, aí eu pago uma casquinha de sorvete”, brinca.


Mais detalhes sobre os artistas que formam a programação e outras informações da mostra acesse o Instagram (@pantalhacos) ou o blog da Mostra https://pantalhacos.blogspot.com/ .


Confira a programação completa da Mostra abaixo:


Quinta-feira (30 de maio)


 


9h30 às 12h30 – Oficina


Vivência: A Beleza do Ridículo


Com Naomi Silman (Campinhas/SP)


Sala Conceição Ferreira – Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


14h – Mesa Redonda


Pedagogia do Riso E-book entrevista


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


17h – Pipockét Pernalhaça


TruPior – Dourados/MS


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


18h – O Grande Salto


Cia. Theastai – Dourados/MS


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


20h – Gran Cirque Brado


Circo Caramba e Damião e Cia (Americana e Campinas/SP)


Teatro Aracy Balabanian


 


Sexta-feira (31 de maio)


 


9h às 11h – Partitura Física para Palhaçxs – A Descoberta do Corpo Cômico

Palhaça Maku Fanchulini (Buenos Aires/Argentina)


Sala Conceição Ferreira – Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


Mesa 2 – O fazer artístico pós-pandemia e nos novos tempos (de inclusão)


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


17h – Kombinando com Cerrado


Du Cafundó (Rondonópolis/MT)


Teatro Aracy Balabanian


 


18h – Palhasseata


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


20h – Metro e Meio


Palhaça Maku Fanchulini (Buenos Aires/Argentina)


Teatro Aracy Balabanian


 


Sábado (1º de junho)


 


16h – O Concerto – Palhaçaria para bebês


Celeiro das Antas / Zé Regino (Brasília/DF)


Sala Rubens Corrêa – Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


18h – O melhor show do Mundo… na minha opinião


Palhaço Ritalino (Londrina/PR)


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


20h – Encontro – Cia LaClass Excêntricos (São Paulo /SP)


Teatro Aracy Balabanian


 


Domingo (2 de junho)


 


16h – Kadulino, O Palhaço Corda Bamba


Circo Os Kaco (Taquaruçu/TO)


Centro Cultural José Octávio Guizzo


 


18h – Yo soy Américo


Cami Basterra (Rosario/Argentina)


Teatro Aracy Balabanian


 


20h – Encerramento – Cabaré


Centro Cultural José Octávio Guizzo

Nenhum comentário:

Postar um comentário