quinta-feira, 4 de abril de 2024

Morre Dona Lita, mãe de Romário, aos 86 anos

 

                                             Foto: Romário via Facebook© Fornecido por Estadão


Morreu Manuela Ladislau Faria, conhecida como Dona Lita, mãe de Romário, aos 86 anos, nesta quinta-feira, dia 4. O próprio ex-jogador comunicou o falecimento nas redes sociais.


O campeão do mundo em 1994 escolheu compartilhar um vídeo que mostra o trecho de uma entrevista em que ele fala sobre Dona Lita. Ela foi uma das principais incentivadoras de Romário durante toda carreira, tanto no começo, quanto em momentos em que ele decidiu parar de jogar, mas voltou atrás.


“Com infinita tristeza e já com uma saudade imensa, me despeço fisicamente do meu grande amor, a minha rainha, a mulher que me deu a vida e me guiou pelo caminho da honestidade. Minha amada mãe foi ao encontro de Papai do Céu. A dor que sentimos neste momento é inexplicável, mas ficamos com a certeza de que o amor que Dona Lita nos deu é o que temos de mais valioso”, escreveu o ex-jogador.


Uma das histórias mais famosas de Dona Lita envolve a Copa do Mundo de 1994, em que Romário foi uma das estrelas da seleção brasileira que conquistou o tetracampeonato. A cada gol do Baixinho, a mãe quebrava uma garrafa de vidro. Romário marcou cinco vezes no mundial.


Dona Lita esteve presente em um dos principais momentos da carreira de Romário, quando ele fez o milésimo gol em 2007. Após converter o pênalti diante do goleiro Magrão, do Sport, o camisa 11 do Vasco foi ovacionado em São Januário. Repórteres e cinegrafistas tomaram o campo para tentar se aproximar do jogador, que era abraçado pelos companheiros. Entre os abraços, estavam também os de Dona Lita e seu Edevair, pai de Romário. Foi das mãos da mãe que Romário recebeu a camisa comemorativa preparada pelo Vasco na ocasião. Antes disso, ela já demonstrava o orgulho do filho “Para mim, ele já passou de mil. Mas, agora, só resta esperar”, disse rodadas antes do jogo histórico.


Em 1994, o pai de Romário foi vítima de um sequestro. O crime motivou que o jogador reforçasse a segurança da família. Dona Lita aceitou contrariada. Ao Estadão, na época, declarou: “Eu não quero segurança, nem vou mudar minha vida por isso”. Com bom humor, ela contou que preferia passar os finais de semana no Jacarezinho, bairro de origem da família na Zona Norte do Rio, onde ela dizia se sentir mais segura, mesmo com o alto índice de ocorrências policiais na região.



Estadão

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