quarta-feira, 20 de março de 2024

Último eclipse solar total da Terra, já pode ter data marcada; entenda

 




Eclipses solares são eventos astronômicos que acontecem em média duas vezes por ano e podem, apresentar efeitos distintos para os observadores na Terra. Os brasileiros puderam contemplar o eclipse solar anular no fim do último ano e agora, os residentes da América do Norte poderão observar o aguardado eclipse solar total no dia 8 de abril de 2024.


Considerado uns dos fenômenos astronômicos mais raros, o último eclipse solar total visualizado no Brasil, foi há quase 30 anos, no dia 3 de novembro de 1994. Na ocasião, a cidade de Foz do Iguaçu, no Sul do Brasil, foi as primeira cidade onde os brasileiros puderam observar a totalidade do eclipse solar. Criciúma foi a última cidade que possibilitou a observação.


Os entusiastas assistiram ao espetáculo durante aproximadamente quatro minutos e, além de brasileiros, pessoas do Peru, Chile, Argentina e Paraguai também puderam testemunhar ao espetáculo.


Ainda que seja um acontecimento impressionante, os cientistas explicam que o eclipse solar total não ocorrerá para sempre. Isso significa que, em algum momento, a humanidade deixará de observar eventos desse tipo; na verdade, muitas pessoas que não puderam assistir ao eclipse de 1994 podem não estar mais vivas quando o próximo ocorrer, daqui a aproximadamente 22 anos.


“Um eclipse total é uma dança com três parceiros: a lua, o sol e a Terra. Com o tempo, o número e a frequência dos eclipses solares totais diminuirão. Daqui a cerca de 600 milhões de anos, a Terra experimentará a beleza e o drama de um eclipse solar total pela última vez” disse o cientista lunar do Goddard Space Flight Center da NASA em Maryland,  Richard Vondrak, em um comunicado oficial.


O último eclipse solar total da Terra

Em um eclipse solar total, a Lua esconde o Sol por alguns momentos e permite a observação de um 'círculo de fogo' ao redor da paisagem — é como se você visualizasse um ‘anel brilhante’ cercando o corpo celeste.


O evento é considerado raro devido às condições específicas: o Sol e a Lua devem estar alinhados perfeitamente e o tamanho aparente do satélite natural deve estar conforme o alinhamento da estrela.


O último que pôde ser observado no Brasil ocorreu em 1994, e o próximo só acontecerá em 2045, mas os eclipses solares totais costumam se manifestar a cada 18 meses na Terra. Ou seja, embora sejam incomuns, são considerados ainda mais raros porque ocorrem com muito menos frequência dependendo da região do planeta.



Conforme a NASA explica, a Lua está se afastando da Terra lentamente, o que representa aproximadamente 4 centímetros por ano. Isso significa que daqui a 600 milhões de anos, os eclipses solares totais deixarão de existir, porque o tamanho aparente da Lua será pequeno demais para cobrir completamente o Sol.


A observação de um eclipse solar total é tão rara porque a sombra interna da Lua é pequena e limitada em relação à área onde o evento será visível. Para observar esse fenômeno, você precisa estar em um lado da Terra com muita luz solar e no caminho da sombra lunar. A NASA descreve que, em média, os eclipses solares totais só acontecem em um mesmo local do planeta a cada 375 anos.


O começo e o fim do eclipse solar total

O tamanho da Lua e do Sol são aparentemente semelhantes no céu e resultam nos eclipses porque a estrutura solar é 400 vezes maior que o satélite natural, que está quase 400 vezes mais próximo da Terra que o Sol.


Desde que foi formada, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Lua está ‘dançando em uma valsa orbital' com a Terra que mantém os dois corpos celestes em uma relação interdependente. Com o distanciamento, a Lua parecerá cada vez menor no céu, mas a realidade é que ela nunca estará livre a órbita do nosso planeta.



“Num futuro muito distante, os espetáculos apresentados pelos eclipses solares totais cessarão. Isso ocorre porque a Lua está, em média, afastando-se lentamente da Terra a uma taxa de cerca de 1-1/2 polegadas, ou 4 centímetros, por ano. Quando a Lua se afastar o suficiente, seu tamanho aparente no céu será pequeno demais para cobrir completamente o Sol”, a NASA explica em uma publicação.


De qualquer forma, é importante destacar que o afastamento gradual da Lua não será perceptível para os humanos, pois o processo deve durar milhões de anos. Consequentemente, a humanidade atual não estará mais viva quando o último eclipse solar total puder ser observado em algum local da Terra.


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Lucas Vinicius Santos

via nexperts

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