terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Prefeitura entrega veículos e dá início a mutirão de combate à dengue na Capital

 

                                            (Foto: Diogo Gonçalves )


Nesta segunda-feira, dia 19 de fevereiro, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), realizou a entrega de sete motocicletas e 1 automóvel zero quilômetro para a CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) e deu início ao mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti  no bairro Aero Rancho, região do  Anhanduizinho.


Os novos veículos estão sendo incorporados à frota do serviço de vetores e auxiliarão nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Atualmente, a frota da CCEV é composta por 61 motos, 27 carros e 1 caminhão, que atuam nas ações de controle de vetores e serviços administrativos.


A prefeita Adriane Lopes destacou a importância da estruturação e aparelhamento do serviço que é crucial para o controle das arboviroses no município e ressaltou a importância do trabalho preventivo que está sendo realizado para evitar que haja aumento nos casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.


“Esse reforço será fundamental para que os nossos servidores possam atuar em campo e combater de maneira efetiva o mosquito transmissor da dengue. É importante ressaltar que Campo Grande ainda se mantém com números estáveis, mas precisamos sempre estar em alerta para evitar que haja um aumento de casos. Nós estamos fazendo a nossa parte e conclamamos o apoio de toda a população em mais essa batalha”, destacou.


Durante dez dias, os agentes da coordenadoria estarão mobilizados no trabalho de vistoria domiciliar, orientação, identificação e eliminação de potenciais criadouros e focos do mosquito.  Ao todo, cerca de 300 agentes estarão mobilizados durante a abertura das ações.


A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, ressaltou a importância da população receber os agentes e contribuir neste trabalho. “É muito importante a colaboração da população também neste aspecto. Nós temos percebido que há um número expressivo de imóveis fechados e um pouco de resistência em relação ao trabalho de vistoria do agente, e isso nos chama a atenção. Pedimos que recebam bem nossos servidores que estarão devidamente identificados e à disposição para orientar e combater o mosquito”, complementa.


A região do Anhanduizinho está recebendo esta força-tarefa por apresentar índice elevado de infestação pelo Aedes aegypti. O trabalho é realizado pelos agentes da Coordenadoria de Vetores, com apoio dos Agentes Comunitários de Saúde da região, Conselho Local de Saúde e lideranças comunitárias da região.


Moradora do Aero Rancho há mais de 30 anos, a dona de casa Maria Andreia da Silva, 80 anos, diz que faz o seu dever de casa e não dá chances para o mosquito. Ela elogiou o trabalho dos servidores e dá o recado para que todos colaborem.


“Aqui em casa a gente sempre cuida para evitar água parada. Eu sei que a dengue é muito perigosa e pode matar. E é muito simples a gente evitar essa doença. É só cuidar do nosso quintal. Se cada um fizer a sua parte, certamente não iremos ficar doentes”, disse.


A aposentada Marilda Xavier de Lima, 67 anos, também recebeu os agentes nesta manhã em sua casa e fez questão de mostrar os cômodos e os cuidados com as plantas. “É importante manter tudo limpinho. Eu cuido bem das plantas e não deixo acumular água porque sei que pode juntar o mosquito aqui”, enfatizou.


Ações permanentes


Desde novembro do ano passado, as equipes da secretaria vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue, previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.


A Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.


Casos


Do dia 01 de janeiro a 14 de fevereiro deste ano, foram notificados 942 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas 01 chikungunya. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.


A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.


O mais recente LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) realizado em janeiro detectou três bairros com risco de infestação do mosquito, outros 42 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória. O levantamento completo está disponível para download no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/sec-downloads/liraa-janeiro-2024/.


Em Mato Grosso do Sul, quatro cidades aparecem com alta incidência dos casos prováveis da doença, segundo boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Campo Grande é a cidade que apresenta o menor índice entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No país, municípios como Rio de Janeiro (RJ), por exemplo, já enfrentam números alarmantes da doença.

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