quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Secretário da SED segue preso

 

                                           Divulgação Redes Sociais



O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Educação, Edio Antônio Resende, alvo Operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), segue preso e até o momento não teve contato com o advogado de defesa.


Em conversa com o Correio do Estado, o advogado Márcio Sandim, durante à tarde desta, quarta-feira (29) que ainda não teve acesso à investigação e tão pouco conseguiu falar com o cliente. No entanto, acompanhou o mandado de busca e apreensão na casa do secretário e relatou que Edio permaneceu colaborativo durante todo o processo. 


"Franqueou sem qualquer problema acesso à casa e celular, e tranquilo do ponto de vista de não dever nada. Todavia, respeitamos o trabalho do GAECO, mas muitas vezes banaliza a prisão preventiva, sem necessidade e sem qualquer prova mais robusta pede a prisão e o judiciário ainda defere, infelizmente vivemos essa banalização de prisões preventivas", disse o advogado.


Com relação à investigação informou que assim que tiver acesso ao processo entrará com o pedido de habeas corpus. E adiantou que até o momento nenhum advogado teve acesso. Conforme as apurações iniciais, os detidos foram levados ao prédio da Cepol, no bairro Tiradentes.



Ação Gaeco

Após a Operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada hoje (29), contra servidores do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel decidiu afastar o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro e o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Brito.


O Gaeco prendeu sete pessoas e cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul, pelo crime de corrupção em licitações públicas fraudulentas, estimada em R$ 70 milhões para compra de ar-condicionado e produtos hospitalares.


Conforme a investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), a organização criminosa atuava fraudando licitações públicas de locação de equipamentos médicos hospitalares, a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros.


Uma destas empresas, Isomed, que assinou um dos contratos ainda com o ex-secretário de Saúde Geraldo Resende, atualmente deputado federal, continuava recebendo em torno de R$ 1 milhão por mês ao longo de 2023. Em maio do ano passado, ela foi vencedora de um pregão eletrônico e garantiu contrato de R$ 12.164.640, 00. Em 2021, recebia em torno de R$ 470 mil mensais da Saúde estadual.


Do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, foram presos o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro, a responsável pelas licitações na Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS).


Da Apae foi preso Paulo Henrique Muleta Andrade, do setor de licitações da Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS), a pregoeira Simone de Oliveira Ramires Castro, bem como os servidores públicos Thiago Haruo Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Victor Leite de Andrade e Sergio Duarte Coutinho Júnior.


Um oitavo alvo da operação não foi encontrado pela operação. Já o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Britto foi alvo de mandado de busca e apreensão. 


Confira a nota do governo


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que os servidores sob investigação, no âmbito da operação do Gaeco/Gecoc, realizada na manhã de hoje, quarta-feira (29), resultante de inquérito sobre contratos firmados em anos anteriores, serão imediatamente afastados de suas funções.


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul informa que a medida visa garantir total transparência sobre contratos e procedimentos adotados pela gestão pública.


O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul esclarece ainda que a operação não se estendeu a órgãos do Governo do Estado e que a Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral acompanharão as novas etapas da investigação.


Sobre a Operação Turn Off


A operação do Gaeco foi batizada de Turn Off, voltada ao cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.


A investigação, segundo o Gaeco, constatou a "existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações de contratos públicos e lavagem de dinheiro".


 


** Colaborou Suelen Morale

LAURA BRASIL, com o Portal Correio do Estado

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