terça-feira, 10 de outubro de 2023

Fiagro de crédito de carbono é BOA IDEIA

 

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A CVM procura criar oportunidades de investimento que incentivem a redução de emissões
Por:  -Leonardo Gottems


Até o final do ano, investidores interessados em ativos sustentáveis poderão comprar cotas de Fiagros que incluem créditos de carbono voluntários. A CVM está analisando regulamentações para permitir essa opção. Embora promissora, a complexidade do mercado de crédito de carbono requer cuidado para evitar problemas futuros e manter a confiabilidade dos fundos. Nesse mercado, empresas que não atingem suas metas de redução de emissões podem compensar comprando créditos de projetos, como reflorestamento na Amazônia.



“É verdade que, por não atingir a meta, esta companhia continua a poluir mais do que deveria. Porém, o entendimento é que ao ajudar no reflorestamento ela faz uma compensação, pois as árvores plantadas fazem a captação do carbono lançado na atmosfera. Claro que é feito um cálculo para que seja comprado uma quantidade de créditos equivalente ao CO2 lançado na atmosfera. Ou seja, se a empresa lança uma tonelada de carbono, o crédito comprado deve equivaler à quantidade de árvores capazes de absorver a mesma quantidade. Grosso modo, essa é a lógica do processo”, afirma André Ito, CEO da MAV Capital.


A CVM procura criar oportunidades de investimento que incentivem a redução de emissões, incluindo Fiagros, que tradicionalmente apoiam o agronegócio. Os ativos selecionados para esses fundos não precisam obrigatoriamente aderir a critérios ESG, mas devem ser sólidos e lucrativos. No entanto, investidores focados em ativos sustentáveis podem não se interessar pelos Fiagros.


A iniciativa da CVM em estabelecer regulamentos para esse mercado é positiva, pois oferece mais opções aos investidores e possibilita o financiamento de projetos sustentáveis no setor agrícola. Os recursos dos Fiagros direcionados ao crédito de carbono podem apoiar a recuperação de pastagens e terras degradadas, bem como melhorar a logística, contribuindo para práticas agrícolas mais eficientes em termos de preservação ambiental e redução de riscos.

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