segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Doença reaparece e ameaça o milho

 

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O míldio é uma doença que pode surgir desde a semeadura até a terceira semana de crescimento
Por:  -Leonardo Gottems

As chuvas de agosto e as projeções para os próximos meses animaram os produtores a plantar milho, porém, uma nova ameaça surgiu, na verdade, uma doença antiga que reapareceu após 70 anos. Durante o Congresso Internacional do Milho, Norma Formento, uma fitopatologista do INTA Paraná, Entre Ríos, alertou sobre doenças reemergentes na última safra, algumas delas não vistas há décadas, incluindo o míldio, que afeta principalmente o milho tardio.



Embora essa doença tenha sido identificada há 80 anos na Argentina, ela desapareceu por décadas, mas as condições ideais na campanha 2022/23 a fizeram ressurgir. Segundo Formento, ainda há muito a ser investigado para compreender o papel das sementes, plantas voluntárias, ervas daninhas e outros fatores na disseminação do míldio. Ela enfatizou a importância de monitorar as lavouras para entender o que já se sabe sobre a doença e o que ainda pode surgir na próxima safra.


O míldio é uma doença que pode surgir desde a semeadura até a terceira semana de crescimento, penetrando nas plantas. Isso pode afetar as plantas de tal forma que elas não produzem espigas diretamente, resultando em panículas deformadas, falta de pólen e ausência de espigas. Formento apontou diversos fatores que contribuíram para o ressurgimento da doença, incluindo o comércio global de sementes, mudanças climáticas que afetam patógenos e plantas, e práticas de plantio, como o plantio tardio.


No entanto, ela enfatizou que o míldio é um problema principalmente para o milho tardio, destacando que o milho precoce não enfrenta problemas de saúde exclusivos ou limitantes, exceto a ferrugem, que afeta híbridos muito suscetíveis.

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