quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Tomate: regiões já encerram primeira parte da safra de inverno

 

                                                           Seane Lennon

Apesar de problemas na produção, rentabilidade média foi positiva
Por: 

A primeira parte da safra de inverno nas regiões produtoras de tomate de Paty do Alferes (RJ) e de Sumaré (SP) foi finalizada com resultados positivos, porém com menores percalços para as roças fluminenses.


Produtores de Paty do Alferes (RJ) finalizaram a colheita no final de julho, com produtividade por volta de 400 cx/mil plantas, nível considerado muito bom para a praça. Já os preços fecharam na média da temporada (abril a julho) em R$ 67,48/cx (ponderado pelo calendário de colheita e pela classificação), 111% acima das estimativas de custos de produção. Apesar do bom desempenho, houve problemas com bactérias no início da safra, devido às chuvas nas lavouras entre março e abril. Porém, o maior empecilho enfrentado foi a presença de mosca-minadora, que afetou a produtividade no início da temporada, deixando a produção média ao redor de 300 cx/mil plantas, problema que persistiu nas lavouras até o final da safra. Apesar disso, com o clima mais seco e frio de maio, o controle dessas pragas no campo se tornou mais efetivo, melhorando o rendimento, mesmo ainda com presença da praga nos campos.



Em Sumaré (SP), a primeira parte da safra de inverno também foi encerrada em julho com resultados positivos, porém ainda aquém do esperado. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, problemas relacionados a mudas contaminadas por bactérias, catalisadas pelas chuvas em abril, foram o principal fator para que a produtividade de algumas roças ficasse abaixo do potencial de 500 cx/mil plantas, com parte das lavouras produzindo abaixo de 400 cx/mil plantas. Produtores que obtiveram melhores resultados foram os que investiram em mudas enxertadas, por se tratarem de plantas com maior resistência a pragas e doenças, com lavouras que ultrapassaram 450 cx/mil plantas. Os preços médios, também ponderados, foram de R$ 73,49/cx (de abril a julho), 60% acima dos custos.

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