A AgBiTech Brasil revelou o lançamento do bioinseticida à base de baculovírus Disseminate (Autographa californica Multiple nucleopolyhedrovirus, AcMNPV). O alvo do produto é a lagarta Rachiplusia nu, uma espécie ‘emergente’, observada com mais frequência, inicialmente, nos três estados do Sul do Brasil e depois responsável por infestações crescentes na Bahia, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
“Esta lagarta preocupa bastante. Ela é considerada de difícil controle no manejo ancorado em inseticidas químicos. Ao mesmo tempo, as biotecnologias atuais não a controlam plenamente”, resume Gustavo Shiomi, engenheiro agrônomo, gerente de portfólio da AgBiTech Brasil.
Segundo ele, a empresa tem alertado produtores, parceiros e clientes, do ponto de vista técnico, quanto “ao tamanho do problema que a Rachiplusia tende a representar no campo daqui para frente”.
“Sem falar do panorama econômico, da perspectiva de queda no preço de commodities agrícolas e do dólar, há no horizonte um cenário nebuloso, uma tempestade à espreita do sojicultor no tocante a lagartas”, diz o gerente de portfólio da AgBiTech Brasil.
“Além da Helicoverpa, Spodoptera e outras espécies, a Rachiplusia nu está ‘escalando’. Ela avança safra após safra e aumenta a complexidade do sistema produtivo para o agricultor, ante elevados investimentos em inseticidas e biotecnologias”, completa Shiomi.
De acordo com ele, antes de chegar ao mercado o novo bioinseticida passou por diversos testes e pesquisas em nível de campo, “com resultados promissores”. Conforme Shiomi, Disseminate teve o desempenho sobre a Rachiplusia nu avaliado isoladamente e, depois, associado a um inseticida químico, e em ambos casos o resultado foi favorável.
“Quando aplicado isoladamente, o bioinseticida teve um desempenho 40% melhor do que o padrão químico a custo 32% menor. Em combinação com o químico, elevou sua eficiência mediana para patamares de 80%. Disseminate é hoje a ferramenta ideal para manejo da Rachiplusia nu, com custo altamente competitivo e performance robusta”, complementa.
Segundo o agrônomo, o desenvolvimento do bioinseticida teve envolvimento de um grupo formado por alguns dos maiores entomologistas do Brasil, que validou a tecnologia e hoje a recomenda a produtores de soja. “Os estudos em torno do baculovírus anteciparam um problema do sojicultor desta safra em diante, e resultaram na entrega de uma solução efetiva tecnicamente e muito competitiva do ponto de vista de custos,” conclui.
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