sexta-feira, 21 de julho de 2023

Brasileirão tem maioria de técnicos estrangeiros pela primeira vez na história

 


A contratação do argentino Eduardo Coudet pelo Internacional fez a Série A do Campeonato Brasileiro ter pela primeira vez na sua história mais técnicos estrangeiros do que brasileiros.


A todo, são 11 treinadores nascidos fora do País trabalhando no Brasileirão contra nove de origem nacional, sendo dois interinos, superando o número histórico do início da competição, quando os “gringos” representavam 50% do total.


Sete dos estrangeiros contratados vêm de Portugal: Bruno Lage (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Pedro Caixinha (Red Bull Bragantino), Pepa (Cruzeiro), António Oliveira (Cuiabá), Renato Paiva (Bahia) e Armando Evangelista (Goiás). A legião estrangeira é completada por outros quatro comandantes argentinos: Jorge Sampaoli (Flamengo), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Eduardo Coudet (Internacional) e Ramón Díaz (Vasco) Athletico-PR e Coritiba são as únicas equipes sem treinador neste momento e trabalham com interinos.


Entre os estrangeiros da Série A, apenas Bruno Lage, Eduardo Coudet e Ramón Díaz ainda não estrearam por suas respectivas equipes.



Desde o início do Brasileirão, quatro técnicos de fora do Brasil mudaram de ares: Luís Castro deixou o líder Botafogo para treinar o Al-Nassr, time de Cristiano Ronaldo na Arábia Saudita; Coudet foi demitido do Atlético-MG e acertou o retorno ao Inter depois da demissão de Mano Menezes; Ivo Vieira foi sacado do Cuiabá, que contratou António Oliveira, demitido pelo Coritiba.


Ao longo dos últimos 20 anos, 65 técnicos estrangeiros treinaram times da primeira e da segunda divisões do futebol brasileiro.


Nenhum técnico nascido fora do Brasil comanda equipes da Série B atualmente. A seleção brasileira também tem a promessa de ser comandada por um italiano, Carlo Ancelotti, do Real Madrid.


Há quase três anos no Palmeiras, Abel Ferreira é o técnico estrangeiro com o maior número de títulos no futebol brasileiro, com oito conquistas, duas a mais do que o compatriota Jorge Jesus, que treinou o Flamengo entre 2019 e 2020. Vojvoda, do Fortaleza, vem logo atrás.


São dois Estaduais e uma Copa do Nordeste erguidos com o time cearense. O argentino Antonio Mohamed ficou apenas seis meses no Atlético-MG, mas o suficiente para também conquistar a Supercopa do Brasil e o Campeonato Mineiro.


Ao longo dos últimos 20 anos, os clubes que mais tiveram estrangeiros no comando foram Atlético-MG, Flamengo, Internacional e São Paulo, com cinco treinadores cada. Entre os times citados, apenas a equipe gaúcha e o rubro-negro carioca têm um técnico de outra nacionalidade atualmente.


Indo na contramão da tendência, o Fluminense é a única equipe entre as grandes do País que contou somente com brasileiros durante o período, no qual conquistou dois Brasileirões (2010 e 2012).


VEJA A LISTA DOS TÉCNICOS DO BRASILEIRÃO:

Corinthians - Vanderlei Luxemburgo (BRA)


Palmeiras - Abel Ferreira (POR)


Santos - Paulo Turra (BRA)


São Paulo - Dorival Júnior (BRA)


Red Bull Bragantino - Pedro Caixinha (POR)


Botafogo - Bruno Lage (POR)


Flamengo - Jorge Sampaoli (ARG)


Fluminense - Fernando Diniz (BRA)


Vasco - Ramón Díaz (ARG)


Grêmio - Renato Gaúcho (BRA)


Inter - Eduardo Coudet (ARG)


Atlético-MG - Felipão (BRA)


América-MG - Vagner Mancini (BRA)


Cruzeiro - Pepa (POR)


Bahia - Renato Paiva (POR)


Cuiabá - Antonio Oliveira (POR)


Goiás - Armando Evagelista (POR)


Fortaleza - Juan Pablo Vojvoda (ARG)


Athletico-PR - Wesley Carvalho (BRA/interino)


Coritiba - Thiago Kosloski (BRA/interino)



Estadão Conteúdo

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