segunda-feira, 24 de julho de 2023

Análise: Santos compete contra o líder Botafogo, mas parte mental ainda é problema

 

                                                    Foto; Divulgação Santos


Por Iúri Medeiros


O Santos competiu contra o líder do Campeonato Brasileiro. Essa é uma excelente notícia para o torcedor santista, que tanto vem sofrendo nesta temporada. Mas o empate em 2 a 2 contra o Botafogo deu outro recado: a parte mental dos jogadores ainda precisa ser melhor trabalhada.


Começando pelo desempenho santista, foi realmente notável a organização defensiva da equipe, especialmente no primeiro tempo. O time marcou com encaixes de marcação mais longos e anulou o poder criativo dos visitantes, pressionando e encurtando espaço.


O time se comportou em um 4-3-3 que virava 4-1-4-1, com Lucas Lima aberto pela direita, e sendo importante no papel de recomposição.


Já com a bola, o Santos não mostrou tento repertório, abusando de bolas longas para atacantes de pouca estatura. Mesmo assim, a equipe foi eficiente para abrir o placar com Marcos Leonardo na primeira etapa, após bom passe do estreante Jean Lucas.


No segundo tempo, apesar do aumento de ritmo do Botafogo, o Santos seguiu com sua estratégia, buscando negar espaços. Após boa jogada de Lucas Lima pela esquerda, Marcos Leonardo chegou ao seu segundo gol e a vitória parecia encaminhada. Parecia.



O gol de Tiquinho Soares, descontando para o Botafogo, pesou para os jogadores do Santos. A equipe caiu drasticamente e, após tomar o empate com Adryelson, parecia que o Glorioso viraria o marcador.


Só não virou por conta de uma intervenção salvadora de Rodrigo Fernández nos acréscimos.


Nessa reta final caótica, a ineficiência do Santos na bola parada defensiva foi gritante. A entrada de Alex Nascimento e a mudança para a formação com três zagueiros não mudou esse cenário.


Pregado e sem poder de reação, o Santos "aceitou" a imposição botafoguense. Após a partida, o técnico Paulo Turra falou como os jogadores estão sensibilizados com a situação da equipe, que briga contra a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.


“É um processo que estamos dando muita atenção no dia a dia. Temos que cuidar para não virar mais uma neura na cabeça deles", disse o treinador em entrevista coletiva.


É importante que o Santos se organize como time para voltar a ter resultados e atuações convincentes. Mas a parte mental também precisa ser olhada com carinho, já que inegavelmente o momento conturbado da equipe afeta os atletas, que não são robôs.


As dificuldades durante as partidas vão ocorrer, e o grupo precisará estar preparado para saber lidar com isso e dar uma resposta, sem se desesperar.


Como Paulo Turra disse depois do jogo, é um “processo doloroso”.

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