Marcos Marcello Trad, o ex-prefeito Marquinhos, teve determinação através da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, para quebra de seu sigilo telefônico, com a apreensão de seu celular, como extensão de perícia na investigação de assédio envolvendo o atual presidente municipal do PSD.
Conforme publicado no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Marquinhos tentou impedir - sem sucesso - que seu celular fosse periciado.
Despachos da juíza Eucélia Moreira já limitavam essa perícia apenas às conversas com possíveis vítimas, sendo que a primeira denúncia do Ministério Público apontava para, pelo menos, sete mulheres "alvos" dos supostos crimes.
Essas sete denúncias apontavam para os crimes de assédio sexual contra uma mulher; importunação e favorecimento à prostituição, com três mulheres vítimas cada uma dessas tipificações.
Escândalo sexual
Após sua derrota nas últimas eleições, o advogado Marcos Trad viu chegar a denúncia do MPMS que revelava verdadeiro escândalo sexual, praticado dentro do gabinete do ex-prefeito, na sede da prefeitura, acusado de assédio e importunação sexual, além do favorecimento à prostituição que envolve o empresário André Luiz dos Santos, conhecido como "Patrola".
Ainda ontem (15) Patrola voltou aos noticiários, após sua empresa - ALS Transportes - ser alvo da Operação "Cascalhos de Areia", em que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) investiga prejuízos estimados em R$ 300 milhões.
No caso com Marquinhos, Patrola é acusado de convidar mulheres para uma festa no interior de Mato Grosso do Sul, onde havia droga, bebidas e prostitutas, ocasião em que ele teria pago R$ 1.000,00 já que elas haviam mantido relações sexuais com outros convidados da festa.
Por sua vez, Marquinhos é acusado de atuar atraindo mulheres para o gabinete, sobre o pretexto de possíveis vagas de emprego, e até mesmo usar vagas do Programa de Inclusão Profissional (Proinc) como moeda de troca para os assédios e abusos às vítimas.
Na manhã desta sexta-feira (16) o ex-prefeito foi procurado, para se manifestar sobre a publicação do Tribunal de Justiça, porém não houve retorno até a publicação desta matéria.
Léo Ribeiro
Com o Portal Correio do Estado
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