quinta-feira, 23 de março de 2023

GIGANTE do agro tem maior baixa desde 2020

 

                                                         Pixabay

Outros frigoríficos também não vêm bem
Por:  -Leonardo Gottems

As ações da JBS (JBSS3) sofreram a maior queda diária desde março de 2020, com um declínio de 7,27%, de acordo com dados que foram levantados pela Economatica/TC. A companhia reportou seis resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) com leves sinais de recuperação de cerca de 2%, mas, na sequência, as ações ordinárias da companhia subiam 2,11%, a R$ 19,40 cada.



“Após anos de liquidação do gado nos EUA, os preços começaram a subir em ritmo mais rápido do que o esperado, levando a uma acomodação da margem dos frigoríficos para níveis mais baixos do que o previsto”, comentam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, da XP Investimentos em relatório assinado a clientes.


Nesse contexto, a XP indica que as projeções são pouco, ou quase nada, otimistas para as ações da companhia, já que os demais frigoríficos listados na B3 também possuem números fracos. Além disso, a consultoria afirma que a  diversificação da JBS em proteína animal e operações em inúmeros países não deve ajudar.


Dias atrás, Leonardo Alencar, analista de agro, alimentos e bebidas da XP Investimentos, já havia dito que o momento dos frigoríficos não era bom. “Isso acontece em um momento muito fragilizado dos frigoríficos, com a suspensão das exportações para China por conta da vaca louca atípica e o avanço da gripe aviária na América do Sul, com risco de afetar os preços da carne de frango e as exportações serem paralisadas aqui no Brasil. Os preços das ações não reagem tão rápido a queda no preço do boi gordo, então esse movimento de alta está muito mais relacionado a esse caso de PSA na China”, indicou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário