quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Terra registra o dia mais curto em mais de 60 anos

G1                                        Foto;NASA



 A Terra registrou o dia mais curto em mais de seis décadas. O caso ocorreu no dia 29 de junho. O fato leva em consideração o período que os cientistas começaram a usar relógios atômicos de alta precisão para medir a velocidade de rotação do planeta, nos meados de 1960.


Conforme o site Time and Date com dados do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS, na sigla em inglês), a Terra completou uma volta completa em torno do seu eixo com 1,59 milissegundo a menos que exatas 24 horas (1 ms corresponde a um milésimo de segundo, ou cerca de 0,001s).


A título de comparação, em média, um dia solar nos últimos 365 dias do ano teve -0,29 ms que 24 horas. Hoje, por exemplo, a estimativa é que o dia tenha 0,0003878 segundos a menos que 24 horas.


Já em 2019, o dia mais curto registrado foi 16 de julho, com menos 0,95 segundos.



Apesar dessas diferenças pontuais, a rotação do planeta está diminuindo de forma geral por causa das forças de maré entre a Terra e a Lua.


A Nasa, a agência espacial norte-americana, explica que na época dos dinossauros, a Terra completava uma rotação em cerca de 23 horas, enquanto que no ano de 1820, o movimento levava exatamente 24 horas.


Outro fato contribuinte é que durante os anos de El Niño, por exemplo, a rotação da Terra pode diminuir um pouco por causa de ventos mais fortes, aumentando a duração de um dia em uma fração de milissegundo.



Em 2016, justamente por causa desse fenômeno, o IERS chegou a anunciar a adição de uma espécie de "segundo bissexto" para manter os padrões mundiais de referência de tempo.


A resposta para isso ainda é incerta e será explorada por cientistas em eventos e congressos especializados. Porém, se confirmada essa tendência a longo prazo, pesquisadores já debatem se precisaremos de um "segundo bissexto negativo", subtraindo esse número pequeno, mas significativo, nos nossos relógios.

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