terça-feira, 2 de agosto de 2022

Santa Casa pode suspender procedimentos dentro de 48 horas por desabastecimento de medicamentos

 

Todos os procedimentos que não são caracterizados como urgência e emergência, ambulatoriais e cirurgias eletivas podem ser suspensos

ALANIS NETTO

Em comunicado emitido nesta terça-feira (2), a Santa Casa de Campo Grande informou que, em 48 horas, pode suspender todos os procedimentos que não são caracterizados como urgência e emergência, atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas.


A suspensão se deve à crise de desabastecimento no hospital, que vem sendo alertada à população nos últimos dias, conforme noticiado pelo Correio do Estado.


Segundo o hospital, a crise existe em decorrência dos impasses na renovação do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande.


Ainda no comunicado, a Santa Casa afirma esperar que a Prefeitura de Campo Grande “tome as providências urgentes para evitar o agravamento da situação''.


Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), afirmou que o município não possui pendências financeiras com o hospital, e que, inclusive, repassa valores maiores do que o previsto em convênio.


“O Município não possui nenhuma pendência financeira com o hospital. Todos os repasses estão sendo feitos em dia, inclusive com valores maiores do que está previsto em convênio através de emendas e incentivos. Todos os repasses foram feitos dentro do que estava pactuado. De janeiro a julho deste ano, o hospital já recebeu R$ 173,3 milhões. Desde 2017 foram mais de R$ 1,6 bilhão destinados à Santa Casa. Cabe ao hospital esclarecer sobre eventuais problemas gerenciais que culminaram no alegado déficit. “


A Sesau reforça que os problemas financeiros do hospital são decorrentes de  inadimplências recorrentes há décadas, que não são de responsabilidade do município.


“O desequilíbrio financeiro da Santa Casa é decorrente de dívidas de mais de R$ 500 milhões de reais, resultados de inadimplências recorrentes há décadas, não sendo de responsabilidade do município de Campo Grande arcar com estes valores”.


Com informação do Portal Correio do Estado

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