(Foto: Edu Garcia/R7)
R7
A maior deflação desde 1980 não deve encerrar o ciclo de queda dos preços na economia nacional e deve ser repetida, em menor magnitude, nos dados do mês de agosto, ainda com reflexo do corte de impostos sobre os combustíveis e a energia elétrica.
Para os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve cair 0,15% ao final deste mês. Para setembro, as expectativas são de uma aceleração do índice oficial de preços, com uma alta prevista de 0,5%.
“Para os próximos meses, deve haver só mais um mês com deflação. A tendência futura para o IPCA ainda é de pressão e de variações altas e, consequentemente, acima da meta do Banco Central”, avalia Tatiana Nogueira, economista da XP Investimentos.
Tatiana cita que o retorno da cobrança de PIS/Cofins vai trazer um impacto altista sobre os preços dos combustíveis. “O valor da gasolina pode subir até R$ 0,80 por litro, se acontecer o retorno da cobrança. Esse impacto pode ser esperado no começo de 2023, se não for estendida a isenção”, afirma ela.
Sodré, por sua vez, destaca que a manutenção da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano, em um patamar elevado tem condições de inibir parte da inflação ocasionada pelas isenções fiscais.
"Vamos ter uma inflação um pouco maior pelo menos no primeiro bimestre de 2023, mas o efeito pode ser menor pelo impacto da Selic mais alta", observa o economista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário