O Ministério de Minas e Energia do Brasil afirmou recentemente que o País possui apenas 38 dias reserva de diesel, o que acabou preocupando alguns setores da economia, como agricultura e transportes. Nesse contexto, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, enviou um ofício à Agência Nacional do Petróleo, alertando sobre o “elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022”.
Para o professor de planejamento energético da Coppe/UFRJ, Mauricio Tolmasquim, o risco de desabastecimento é real. Ele concedeu uma entrevista para a CNN. “Infelizmente, o risco [de desabastecimento] é real. O Brasil é autossuficiente em petróleo, mas em derivados como gasolina e diesel depende de importações. Importadores precisam ter expectativa de que vão vender combustível a um preço que remunere os custos de importação e, hoje, a defasagem é muito baixa”, comentou.
Nesse cenário, o presidente da República, Jair Bolsonaro, existe risco real de desabastecimento de diesel no país, e que isso pode levar ao racionamento do combustível. "Nós precisamos de refino. Se o mundo subir muito o preço dos combustíveis, não destilar lá fora, não refinar, pode faltar, não só para nós, para o mundo todo", disse.
O problema não ocorre somente no Brasil. Em entrevista ao jornal El Territorio, o presidente da Câmara de Postos de Combustíveis e Afins do Nordeste Argentino (Cesane), Faruk Jalaf, disse que, o problema do envio de estoques insuficientes para a província de Misiones ainda não foi solucionado.
“A questão principal é com o diesel, que movimenta o agro, a indústria, o transporte público e o transporte de carga. Em outubro, já tínhamos feito uma reclamação, e o governo da província entrou em contato com o governo federal, que disse que não havia escassez. Em dezembro, repetimos o pedido e veio a mesma resposta”, afirmou.
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