No MS serão 333 quilômetros de ferrovia e investimento de aproximadamente R$ 5 bilhões.
ALESSANDRA MESSIAS
Orçada em R$ 5 bilhões, a Nova Ferroeste que ligará Maracaju ao Porto de Paranaguá deve reduzir os custos de produção em 30% após sua efetivação em Mato Grosso do Sul.
O cálculo se baseia no custo pago hoje que fica em torno de 40% mais caro até o Porto de Paranaguá.
Os 333 quilômetros de trilhos a serem implantados em 8 municípios de Mato Grosso do Sul vão servir de ramal para 67 cidades, ligando Maracaju a um ramal em Santa Catarina, e ao Porto de Paranaguá.
Por isso, foi aberto edital onde o investidor privado vencedor deverá construir em 36 meses, trecho de 1.567 quilômetros, entre Foz do Iguaçu/Cascavel, Chapecó/Cascavel e Dourados/Maracaju.
A ideia é escoar a produção de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, ligando Foz do Iguaçu ao Paraguai. Os trilhos poderão interligar ainda o Brasil à Argentina e ao Chile, até Antofagasta. A ligação por linha férrea favorecerá o corredor bioceânico multimodal unindo o Pacífico ao Atlântico.
Se já estivesse em operação a ferrovia teria capacidade de transportar 38 milhões de toneladas de produtos. Cerca de 26 milhões de toneladas iriam para o Porto de Paranaguá.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, informou por meio de assessoria de imprensa que o lance inicial do edital será de R$ 110 milhões.
A primeira parte da empresa que vencer o certame será paga a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., que administra a operação.
"Este é apenas o valor da cessão onerosa da Ferroeste. Quem vencer a licitação fará os investimentos necessários na ferrovia, que serão de R$ 35 bilhões, sendo R$ 5 bilhões somente dentro do Mato Grosso do Sul", revelou o secretário.
Verruck explicou ainda que "Mato Grosso do Sul é um grande exportador de comoditties e hoje 40% de tudo que nós exportamos vai pelo porto de Paranaguá. Os produtos seguem hoje através de caminhões. Então esta ferrovia que sairá de Maracaju e chegará até Paranaguá vai dar mais competitividade à produção sul-mato-grossense".
De início, a ferrovia escoará produção de milho e farelo do Paraná e Santa Catarina. Conforme o secretário, o estado é grande produtor de farelo, tem 12 milhões de toneladas de milho produzidas e 13 milhões de toneladas de soja. A iniciativa busca a melhoria em termos de custo modal.
No transporte rodoviário, os caminhões que passam por Mato Grosso do Sul trafegam 1.400 quilômetros com destino ao Porto de Paranaguá.
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