Metade da população mundial sofre com cefaleia ao menos uma vez na vida
Iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE), o 19 de maio é tido como Dia Nacional de Combate à esse mal que afeta metade da população mundial, segundo estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega.
Neurologista da Unimed Campo Grande, Dr. Nilson Moro explica que, nos vários tipos de cefaléia, os sintomas podem variar.
"No caso da tensional, costuma ser em toda a cabeça, tipo aperto e de fraca intensidade, com possibilidade de piora ao final do dia. No caso da enxaqueca a cefaleia costuma ser unilateral (temporal ou frontal), latejante, de forte intensidade, com náuseas e/ou vômitos podendo ter piora com a luz ou o som, e também piora ao esforço físico", diz.
Entre os vários tipos, a cefaleia tensional seguida pela enxaqueca é o mais comum. Conforme o neurologista, estas podem ser de início recente e esporádica ou podem tornar-se crônicas.
Nilson aponta que a enxaqueca e a cefaleia em salvas são os tipos mais impactantes, já que a primeira (por ser mais prevalente) a responsável por um maior impacto social e financeiro para a paciente e empresas que empregam quem sofre com essa condição.
"A enxaqueca leva a crises de dores intensas, com perda de dias de trabalho, redução da produtividade, limitação de oportunidades de emprego, rebaixamento de renda e perda do status socioeconômico", comenta ele.
Com duração média de 1 a 4 dias, é importante estar alerta já que alguns sintomas são alertas pois podem ser relacionados à chamada cefaleia secundária, relacionado a alguma doença.
"Tais sintomas são: cefaleia de início rápido e de forte intensidade (em segundos atinge o máximo de intensidade), dor de cabeça nova em pacientes que nunca tiveram cefaleia, principalmente acima de 50 anos, dor de cabeça associado a sintomas neurológicos focais (perda de visão, perda de força, perda de sensibilidade ou confusão mental), associado à febre e dores de cabeças novas em paciente que tratam câncer ou HIV", expõe o neurologista.
tratamentos
Dr. Nilson Moro ressalta que, quando houver dor de cabeça esporádica, medicações comuns como o dipirona ou paracetamol, até mesmo os anti-inflamatórios costumam ser eficazes.
"Evitar apenas o uso crônico, mais que 3 vezes por semana, dessas medicações pois elas podem induzir ao que chamamos de cefaleia por uso abusivo de remédios", afirma.
Ainda, para quem busca evitar os fármacos químicos, o neurologista comenta que, para quem sofre com enxaqueca e cefaleia há saídas que não passam pela farmácia.
"O repouso, a compressa fria na cabeça quando for enxaqueca, ou compressa morna quando for cefaleia tensional, ajudam a aliviar a dor", diz
Por fim, o neurologista ressalta que o principal remédio para evitar ter cefaleia é levar uma vida combinando exercícios físicos, boa alimentação e boa noite de sono.
"Essas 3 condutas ajudam a evitar mais de 90% das cefaleias primárias (enxaqueca, cefaleia tensional). Se a pessoa tem um ritmo de exercício físico numa média de 4-5 x por semana, tem uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes com pouco carboidrato e gordura, e tem uma boa rotina diária com horários para se alimentar, dormir e acordar, dificilmente ela terá dor de cabeça. E, caso vier a ter, será facilmente tratada com uma simples dipirona ou paracetamol", finaliza o Dr.
Com informação do Portal Correio do Estado
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