Eleição suplementar ocorre porque o eleito em 2020 virou ficha suja
CELSO BEJARANO
O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul divulgou nesta terça-feira (19) que três candidatos vão se enfrentar no dia 15 de maio, daqui exatos 26 dias, nas urnas, as eleições suplementares para a escolha do prefeito de Angélica, cidade distante 277 quilômetros de Campo Grande.
Hoje a cidade é chefiada pelo presidente da Câmara dos Vereadores. O prefeito que foi eleito foi sentenciado pela Justiça Eleitoral por desvio de verba pública, daí a eleição extra.
Publicado pela corte eleitoral indica que a disputa pela prefeitura de Angélica envolve candidatos do União Brasil, o MDB e o PDT.
Ainda de acordo com o Diário Oficial do TRE, o PDT lançou como candidato a prefeito Edinho Cassuci, que terá como vice Paulo Conconi, do PTB. Juntos vamos construir Angélica é o nome da coligação pedetista.
O MDB, diz o Diário, tem como concorrente Chico Bragança e Milton Motta França, do PSD, como vice. Trabalho e Honestidade é a coligação das siglas.
O União Brasil, legenda nova, nascida da fusão dos extintos DEM e PSL, lançou os candidatos Roberto Cavalcanti e, Roberto Maran, que é do PSB.
Duas siglas que encabeçam a disputa em Angélica concorrem a eleição pela sucessão do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, em outubro.
O União Brasil concorre com a deputada federal Rose Modesto; o MDB, com o ex-governador André Puccinelli. Já o PDT não vai disputar o governo.
Havia a expectativa da publicação do nome do vereador Geraldo Aparecido Rodrigues, do PSDB, conhecido como Boquinha, também interessado na corrida eleitoral.
A reportagem tentou saber o motivo, mas ainda não obteve retorno.
Boquinha, como é conhecido na cidade, assumiu a prefeitura no segundo dia do ano passado por ter sido eleito o presidente da Câmara dos Vereadores, composta por nove parlamentares.
Ainda em campanha pela prefeitura, em 2020, o prefeito cassado, João Cassuci, do PDT, foi setenciado por desvio de dinheiro captado por meio do Pronaf, o Programa Nacional de Agricultura Familiar. O crime foi investigado pela Polícia Federal.
Cassuci tinha tinha administrado Angélica por dois mandatos - 2001 a 2008. O crime, diz a PF, ocorreu em 2006, ou seja, levou mais de década para sair o desfecho judicial. O então eleito - que nem chegou assumir o terceiro mandato - ingressou com recursos, mas as demandas caíram depois de analisadas pela Justiça Eleitoral.
Cassuci, que virou ficha suja na política, quer, agora, emplacar um sobrinho em seu lugar, o sobrinho Edinho, também pedetista.
Calendário para a Eleição Suplementar de Angélica:
08 a 14/04: convenções partidárias;
17/04: último dia para registro das candidaturas;
18/04 a 14/05: início e término da propaganda em geral, salvo rádio e TV;
23/04 a 12/05: início e término da propaganda no rádio e TV;
15/05: dia da eleição;
20/05: último dia para entrega da prestação de contas;
02/06: último dia para o julgamento das contas;
03/06: último dia para a diplomação dos eleitos;
04/06: último dia para a posse dos eleitos.
Com informação do Portal Correio do Estado
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