segunda-feira, 7 de março de 2022

Tereza Cristina ainda procura soluções para os fertilizantes

 

                                                        Foto; Divulgação


Com viagem marcada para o Canadá, tema será suprimento de potássio


Em evento na tarde deste domingo (06) no Campus de Campo Grande da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, falou sobre agenda de viagens e possíveis parceiros para suprir o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro. 


Dependentes de Rússia e Bielorrússia, o país busca opções para viabilizar a próxima safra de plantio de grãos no estado. Tereza Cristina fala que o Ministério não deixa medir esforços para garantir o suprimento de fertilizantes para o Brasil. 


Segundo ela, a preocupação com o tema já vem desde meados de 2021, quando a pasta notava grande dependência dos insumos da Bielorrússia e Rússia. Os dois países atualmente sofrem sanções fortíssimas dos países ocidentais em decorrência da guerra na Ucrânia. 


Como Mato Grosso do Sul é um estado extremamente dependente desses produtos, a preocupação aumenta caso o conflito no leste europeu dure por muito tempo. “Não somos importadores, mas podemos ser um facilitador para que as empresas privadas possam ir lá fora e buscar a matéria”, comentou a ministra sobre o papel do Mapa atualmente. 


Tereza Cristina afirma que visita diversos países à procura de parceiros, que possam fazer negócios e assim não parem o agronegócio brasileiro na safra 2022/23. 


Em fevereiro, ela se recuperou da Covid-19 e visitou o Irã atrás de alternativas para o tema. “Estivemos no Irã porque têm disponibilidade de volume, mas como sofrem sanções americanas, então estamos atrás de cobrir essa possível falta”. 


Com viagem marcada para o Canadá, o país norte-americano passa a ser a próxima chance brasileira de fornecimento.  


"Vou ao Canadá, em viagem que era para ser em janeiro, mas atrasou por causa da troca de governo e tivemos dificuldade”. 


A ministra ainda citou outros possíveis parceiros. “Tem o Chile, Israel, Arábia Saudita, Marrocos, essas são nossas alternativas”, elenca. 


Na última semana, um último navio cargueiro russo carregado com fertilizantes deixou o país com destino ao Brasil. 


As sanções impostas pela Aliança do Tratado do Pacífico Norte (OTAN), União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos passaram a vigorar somente após a partida dessa embarcação. 


Sobre esse tema Tereza Cristina disse com tranquilidade que o assunto não é tão preocupante assim. “Temos um navio da Rússia para o Brasil por enquanto ainda não houve essa paralisação toda que estão falando. Estamos olhando todo o mercado”, finaliza. 


O tema é muito precioso para o Brasil e para Mato Grosso do Sul, 80% dos fertilizantes usados na agricultura nacional são importados. Cerca de 28% deles são fornecidos pela Rússia. 


O Potássio, a letra K da Sigla (NPK), tem 95% é importado e o principal exportador para o Brasil é a Bielorrússia, que passa agora por sanções pesadas por apoiar a invasão russa. Esse cenário faz a ida ao Canadá da ministra ainda mais importante, para tratar sobre outras fontes de importação de potássio.


Rodrigo Almeida-

Portal Correio do Estado

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