segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Piloto de Campo Grande é campeão de rali na Argentina

 

                                                Divulgação

De MS, Carlos de Castro Neto, e o navegador Lourival Roldan #256, de São Paulo, levaram o título


A equipe Território Motorsport finalizou com título, no sábado (26), o rali sul-americano na Patagônia Argentina. Após cinco vitórias em oito etapas, o piloto de Campo Grande (MS), Carlos de Castro Neto, e o navegador Lourival Roldan #256, de São Paulo, levaram o título na T3.2 do South American Rally Race 2022 e, que quebra, terminaram na 4ª posição na geral dos UTVs, em Viedma, na província de Rio Negro.


Com o lugar mais alto do pódio da categoria, a dupla conquistou o bicampeonato para a equipe (campeã em 2021 na T3.1 e T3.2). Na T3.1, válido pelo Sul-Americano de Rally/FIM, Edu Piano/Solon Mendes #207 fecharam na 5º posição e Nazareno López/Ricardo Torlaschi #227 em 7º e, na prova, em 9º e 13º na categoria, respectivamente.


Antes de cruzar a rampa de chegada, as três duplas completaram mais uma etapa técnica que agradou os competidores, com largada e chegada em Viedma. O resultado das três duplas foram: Castro/Roldan em 3º na T3.2 (3h24m57s); os argentinos López/Torlaschi em 9º na T3.1 (3h10m09s) e Piano/Mendes em 11º na T3.1 (3h15m48s).


O rali largou em La Rioja, no dia 17, e terminou na Patagônia Argentina contou com um Prólogo e mais oito etapas (a 5ª foi cancelada devido às condições climáticas), com aproximadamente 4mil km percorridos por cinco províncias em um roteiro extremamente técnico com muitas dunas, areias, pedras, rios secos, trial, fesh fesh e, nesta última semana, com chuva, lama, poças.


As três duplas que competiram com UTVs Maverick X3 TM, preparados pela Território Motorsport, passaram por vários desafios, muitos perrengues, se superaram a cada dia e cruzaram a rampa de chegada com o dever cumprido. O título de Castro/Roldan vem consagrar o trabalho de todo um time de 22 integrantes que começou a se preparar há dois meses e saiu de Tatuí (SP), local da sede da equipe, no último 9.


Os campeões - A estreia nos UTVs foi direto em uma prova internacional e o piloto de Campo Grande (MS) comprovou que aos 66 anos está em sua melhor forma ao conquistar o título do SARR. “Estou muito feliz, me surpreendi com o resultado. A equipe foi perfeita e não tivemos um problema, nem um pneu furado durante todo o rali. O UTV é ótimo, me adaptei super bem, não cansa e se fosse para voltar para o Brasil pilotando eu iria, adorei”, brinca Castro.


“Me impressionei com a prova. Terreno muito diferente do andamos no Sertões, com dunas, pedras, buraqueira, trechos muito travados, curvas, mas é o que eu gosto, O que fui dureza mesmo foi a chuva e o frio mas se não tiver dureza não teria graça em fazer”, conclui o piloto campeão que tem como foco competir no Dakar em 2023 ou 2024, nos UTVs.


O resultado foi também da boa parceira com o navegador Roldan, Campeão do Dakar 2017 nos UTVs (12 participações na prova) e mais de três décadas no off-road. “No último dia a estratégia foi não arriscar, tinhamos cerca de 40min de vantagem, então era poupar o equipamento e vir com cautela e o 3º lugar foi mais que suficiente para vencer o rali”, explica o experiente navegador. “O nível técnico gostei muito, pena que a chuva atrapalhou e tirou parte da nossa performance, mas o Carlos surpreendeu, vestiu o UTV, tocou firme e forte sem colocar a gente em risco. A experiência conta demais e ajudei o Carlos a tirar o pé quando preciso e a administrar nossa vantagem, tanto que o UTV chegou inteiro todos os dias. A parceria deu muito certo, estamos felizes com o título e agora é pensar nos próximos desafios”, completa Lourival, 63 anos.


Duplas da categoria UTV T3.1 - Os argentinos López/Torlaschi já competiram no Dakar e em outras provas internacionais e completaram a terceira participação no SARR. O piloto López, natural de Chubut na Patagônia Argentina, optou em competir essa edição com um UTV preparado pela equipe brasileira, pelos títulos conquistados no ano passado.


Algumas situações de prova fizeram a dupla passar por alguns perrengues mas que foram superados. “Gostamos muito de ter participado da prova com a equipe e fomos muito bem recebidos. Nos faltou um pouco de sorte para fazer algumas etapas, mas foi uma grande prova”, afirma o navegador Torlaschi, de Mendoza, que tem no currículo 12 edições do Dakar.


Já a dupla Piano/Mendes, que completa 16 anos de parceria com oito títulos no Sertões, encerrou mais um rali internacional com êxito. “Na minha opinião de todas as Especiais, essa última foi a melhor com muitos trechos nas dunas, navegação muito legal e gostei demais. Concluo mais um SARR onde aprimorei demais a navegação, fizemos a prova totalmente sem erros e foi mais um rali com trilhas sensacionais, tirando os dias de muita água que judiou demais. Espero estar de volta aqui em 2023”, ressalta o navegador de Fortaleza (CE).


“Foi uma das provas mais difíceis que fiz em meus 28 anos de rali. Tivemos problemas inesperados como a quebra da balança traseira, uma pane seca e as consequências da chuva que também prejudicaram nosso resultado. Solon e eu evoluímos mais na pilotagem e navegação e a cada ano que a gente para cá aprende alguma coisa para aprimorar a preparação dos nossos UTVs, afinal essa é uma prova de resistência e nem sempre quem anda mais rápido vence”, destaca Piano, multicampeão dos ralis brasileiros e preparador de veículos de competição.


“Foi bem positivo a equipe conquistar o bicampeonato e ficamos muito felizes com o resultado, pois preparamos o UTV do Carlos em 45 dias e teve um desempenho perfeito. Quero agradecer a equipe que foi fantástica. Os meninos entregaram os UTVs perfeitos todos os dias, não andamos melhor por situações de prova e principalmente agradecer a Carlos/Lourival, Nazareno/Ricardo, Lélio/Weberth pela confiança em nosso trabalho”, finaliza Piano.


*Com informações: assessoria

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