sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Portugal volta a exigir máscaras após anúncio de variante da Covid-19

 

Países da Europa começaram a apertar restrições e fechar fronteiras
FOLHAPRESS

Enquanto fecham seus aeroportos para impedir a chegada de uma nova variante que pode ser mais contagiosa, governos europeus também apertaram mais uma vez nesta sexta (26) restrições contra a já preocupante onda de inverno de Covid no continente.


Em Portugal, um dos países que mais avançaram suas campanhas de vacinação, com mais de 80% dos habitantes imunizados, máscaras voltaram a ser obrigatórias nos espaços fechados, certificado de vacina será exigido para entrar em restaurantes e testes negativos para Sars-Cov-2 serão obrigatórios para entrar em asilos e hospitais.


Na Alemanha, o número de leitos de UTI ocupados por doentes com Covid dobrou em uma semana, passando de 2.000 para 4.000, levando o país a discutir novas restrições para conter a disseminação do coronavírus.


O Instituto Robert Koch, a agência federal de controle de doenças da Alemanha, pediu que os governadores alemães considerem a possibilidade de aprovar um lockdown nacional, para conter mais rapidamente o número de novos casos de Covid-19.


"Precisamos imediatamente de uma redução massiva de contatos entre as pessoas", disse o diretor do IRK, Lothar Wieler, ao anunciar que a taxa de contágio no país saltou 44% em uma semana.


Mesmo que não houvesse novas infecções, o governo alemão já previa um crescimento de 1.000 ocupantes nas UTIs, elevando a ocupação do país a cerca de 25%. Cirurgias não urgentes foram canceladas no país, para liberar leitos e funcionários.


Uma reunião entre governos estaduais e federal está prevista para 9 de dezembro, mas o ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu que ela seja antecipada. "Esperar 10 dias neste momento é uma temeridade."


A preocupação com a nova onda de inverno da Covid não se restringe à maior economia europeia, que nesta semana já havia apertado as restrições para não vacinados. Na Bélgica, o premiê Alexander De Croo descreveu o quadro como "muito pior que o pior dos cenários", ao justificar mais restrições além das anunciadas na semana passada.


Após ver o número de leitos de UTI ocupados dobrar em uma semana, o governo belga restringiu encontros, ampliou a exigência de máscaras e anunciou uma aceleração do reforço de vacinação, com prioridade para professores, além de idosos e doentes com sistema imunológico comprometido.


Casas noturnas e bares serão fechados por quatro semanas, a partir deste sábado, e haverá um toque de recolher às 23h para restaurantes, onde cada mesa só poderá ter no máximo seis clientes. A obrigação de trabalhar em casa quatro dias por semana foi prorrogada de 12 para 19 de dezembro.


Na Espanha, a Catalunha se juntou às outras regiões e tornou obrigatórios os certificados digitais para frequentar bares, restaurantes, asilos e outros locais públicos.


O governo holandês, que já impôs toque de recolher às 20h para bares e restaurantes e tornou obrigatório o uso de máscaras, se preparava para anunciar novas restrições no começo da noite desta sexta, após o número de novos casos crescer 40% em uma semana, pressionando o sistema público de saúde.


Entre as possíveis medidas está antecipar para as 17h o horário do toque de recolher, que atingiria também o comércio não essencial.


A Suíça estuda fazer neste domingo um plebiscito para que os eleitores decidam que autonomia pode ter o governo nacional para agir contra a pandemia —por exemplo, se pode exigir certificado digital para frequentar lugares públicos em todo o país.

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