sexta-feira, 26 de novembro de 2021

China aperta fiscalização de defensivos e atrasa embarques

 



Resultando também em aumento de custos para os exportadores
Por:  -Leonardo Gottems

A autoridade alfandegária chinesa aumentou sensivelmente a frequência e a intensidade da inspeção de produtos químicos considerados “perigosos para exportação”, aponta o portal especializado AgroPages. De acordo com exportadores ouvidos, a frequência da fiscalização é “excessivamente alta, além de mais demorada e rigorosa”. 



Segundo a reportagem do AgroPages, que tem sede na China, essa ofensiva das autoridades locais “leva a atrasos na declaração alfandegária de defensivos agrícolas, o que pode atrasar o cronograma de embarque e a temporada de aplicação de defensivos nos mercados de destino no exterior, resultando também em aumento de custos para os exportadores”.


Algumas das empresas chegaram a enviar pedidos às administrações públicas competentes e a associações industriais na esperança de que a autoridade aduaneira simplifique o processo e reduza os encargos. O AgroPages apurou que a ofensiva começou a partir de agosto de 2021 e visa principalmente “óleo emulsionado, emulsão em água e suspensão concentrados”, que são inspecionados quase em todas as remessas.


No momento da inspeção é realizado obrigatoriamente um processo de amostragem e teste que é demorado e incorre em custos adicionais, punindo especialmente formulações em pequenas embalagens. A reclamação dos exportadores é baseada no fato de que a declaração de exportação de defensivos agrícolas já passou por três inspeções, que levaram quase três meses antes de serem enviadas.


Em resultado dessas exigências, as taxas de laboratório, atrasos de contêineres e reprogramação de navios excederam em muito o orçamento dos exportadores. “Além disso, como os agroquímicos são produtos sazonais, os produtos podem não ser vendidos em tempo hábil, o que gera risco comercial para compradores e vendedores”, conclui o AgroPages.

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