O mês de maio foi de valorização para os preços dos lácteos, influenciada pela baixa disponibilidade de leite no campo devido à entressafra e pela redução dos estoques industriais. A menor entrada de leite via importação e uma exportação um pouco maior também contribuiu para a elevação dos preços. As informações são do boletim do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
A valorização foi maior na segunda quinzena do mês, quando o mercado Spot registrou forte alta de preços. A alta foi de 17% sobre abril e de 52% sobre maio do ano passado. Houve valorização também nos mercados de queijo muçarela e de leite UHT.
O leite UHT que custava R$ 2,74 o litro no atacado paulista em maio de 2020 subiu para R$ 3,43 o litro em maio de 2021, uma alta de 19%. Sobre abril a elevação foi de 6%. O leite em pó, penalizado pela menor demanda do Norte-Nordeste e aumento dos estoques, apresentou valorização mais modesta de apenas 1%.
Insumos pressionam
O preço do milho continuou pressionado durante o mês de maio, chegando a superar R$100,00 por saca. A demanda aquecida associada à baixa disponibilidade e as perdas projetadas para a safrinha têm contribuído para manter as cotações elevadas. Em maio do ano passado a saca de 60kg em Campinas (SP) saía por R$ 50,12 e em maio de 2021 saiu por R$ 92,24 sc/60kg. A alta no ano é de 101%.
O preço do farelo de soja segue com desvalorização, mas ainda em patamar bem elevado. Em maio de 2020 a tonelada no Paraná custava R$ 1.817 e em maio de 2021 R$ 2.501. A alta no ano é de 41%.
Projeção para junho
Os Conseleites estaduais projetam nova alta para o pagamento de junho. Em maio, o preço do leite ao produtor registrou a segunda alta consecutiva, de 2,7%, fechando a R$2,04 na média nacional. A maior alta projetada foi no Paraná, de 6,5%, seguida de Santa Catarina (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,2%). Já em Minas Gerais, a projeção de alta foi mais tímida, de 0,7%.
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