A menos que a União Europeia permita o uso de novas técnicas de melhoramento genético (como edição de genes) na agricultura orgânica a estratégia europeia “Farm to Table” provavelmente não cumprirá sua promessa de avançar no sentido de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo cientistas da Wageningen University & Research (WUR) na Holanda, faz esta conclusão em um estudo publicado em Trends in Plant Science.
Segundo os autores, tanto a agricultura orgânica quanto a biotecnologia moderna têm seus pontos fortes específicos para contribuir com os ODS, a combinação de ambas as abordagens pode desencadear sinergias importantes. Em 2015, a comunidade internacional definiu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que abordam os desafios globais que o mundo enfrenta, como Fome Zero, Ação Climática e Vida na Terra.
A Comissão Europeia (CE) está empenhada em cumprir estes objetivos, que devem ser alcançados até 2030. Ao implementar a sua estratégia “farm-to-fork”, a CE pretende, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento de terras agrícolas orgânicas na região. UE com a meta de atingir 25% do total de terras cultiváveis na agricultura orgânica até 2030.
No entanto, se as atuais restrições europeias ao uso de novas técnicas de melhoramento de safras forem mantidas, esse aumento não garantirá de forma alguma uma maior sustentabilidade., como mostra um estudo realizado por cientistas de Wageningen (Holanda), Bayreuth, Göttingen, Düsseldorf, Heidelberg (Alemanha), Alnarp (Suécia) e Berkeley (EUA).
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