segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Portugal desaconselha vacina de Oxford para idosos com mais de 65 anos

 

                                            Reprodução/Marco Verch Professional Photographer  

Poder 360

A DGS (Direção Geral da Saúde) de Portugal emitiu um parecer nesta 2ª feira (8.fev.2021) desaconselhando o uso da vacina da AstraZeneca/Oxford em idosos com mais de 65 anos “até novos dados estarem disponíveis”. O imunizante é o 3º autorizado na Europa, depois dos desenvolvidos por Pfizer/BioNTech e Moderna.


Apesar da recomendação, o órgão diz que “em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais anos de idade ser atrasada” se apenas o imunizante da AstraZeneca/Oxford estiver disponível.


O país recebeu nesse domingo (7.fev.2021) o 1º lote da vacina da AstraZeneca/Oxford, com 43.200 doses. Segundo o Our World in Data, Portugal já vacinou quase 380 mil pessoas –uma taxa de 3,7 doses para cada 100 habitantes.


A falta de estudo dos efeitos da vacina em pessoas mais velhas já levou outros países europeus, como Alemanha e Itália, a não recomendarem a aplicação nessa parcela da população. A maioria dos participantes do estudo clínico tinha de 18 a 55 anos.


A vacina da AstraZeneca/Oxford usa um adenovírus modificado, que tem um pedaço do material genético do Sars-Cov-2, coronavírus responsável pela covid-19. Ele induz o sistema imunológico humano a produzir anticorpos para combater a doença.


São necessárias duas doses, com intervalo de 4 semanas entre elas. O imunizante pode ser armazenado por até 6 meses em refrigeradores comuns.


A Universidade de Oxford divulgou em 2 de fevereiro que o imunizante tem eficácia de 76% de 22 dias a 90 dias da aplicação da 1ª dose. As informações foram publicadas na revista médica The Lancet. Eis a íntegra da análise, em inglês (1 MB).


Os pesquisadores ainda revelaram que a vacina é capaz de retardar substancialmente a transmissão do coronavírus.


Eles mediram o impacto na transmissão por meio de testagens semanais nos participantes do ensaio clínico para detectar a presença do vírus em amostras microbiológicas retiradas do nariz e da garganta.


Sem a presença do vírus nessas amostras, a pessoa não é capaz de transmitir a doença, mesmo que esteja infectada. Os pesquisadores verificaram redução de 67% nos testes positivos entre os vacinados.

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