quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Biológico protetor de cultivos deve chegar para 7 culturas

 



Em breve um novo pacote de microorganismos benéficos para as culturas deve chegar ao mercado. Trata-se de um probiótico vegetal, composto por um pool de microrganismos benéficos, advindos de plantas sadias de espécies cultivadas. 


A pesquisa é realizada desde 2017 pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), por meio do apoio financeiro da Fapesp e em parceria com a empresa RevBio - Serviços em Sanidade e Nutrição Vegetal. 


Os microrganismos são extraídos das plantas por um processo industrial inovador, com patente depositada no INPI pelas empresas parceiras, por meio de equipamentos de médio porte capazes de manter a viabilidade dos ativos biológicos por longo período.



Os testes em escala piloto foram realizados em diferentes regiões produtoras do Brasil e em pelo menos sete culturas, em condições reais de cultivo. Os resultados são promissores. Houve elevação de produtividade que variou de 10 a 40%, dependendo da cultura e das condições ambientais do local de cultivo. Os testes foram feitos em batata, tomate, cenoura, feijão, soja, milho e trigo.


“O produto tem se mostrado também um importante imunoprotetor, reduzindo a incidência de pragas e doenças, permitindo, inclusive, o cultivo sem defensivos agrícolas, conforme o caso, ou com o seu uso minimizado, em situações mais severas", destaca o pesquisador responsável Andre May.


O projeto encontra-se agora na sua etapa final, que visa a produção dos ativos para atendimento de demandas comerciais mais significativas, por meio da planta piloto implantada com apoio da Fapesp, pelo programa Pesquisa Inovativa para Pequenas Empresas (Pipe), nas instalações da empresa parceira RevBio. “Há ainda um longo caminho pela frente, mas os resultados conquistados até agora mostram que a proposta tecnológica tem viabilidade comercial e pode ser cientificamente comprovada", acredita May.

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