terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Estado de SP regride para fase amarela e estabelecimentos terão horário reduzido de funcionamento

 Reuters


A capital paulista, a região metropolitana e demais regiões do Estado de São Paulo que estavam na fase verde regrediram para a fase amarela do plano de reabertura da economia por causa do agravamento da pandemia de Covid-19, e agora estabelecimentos como lojas, bares, restaurantes e shoppings terão horário reduzido de funcionamento e limitação do número de pessoas.


As medidas mais restritivas para o funcionamento dos estabelecimentos --entre elas o funcionamento por no máximo 10 horas por dia, limitação do funcionamento até as 22h e lotação de até 40%-- passam a valer a partir de quarta-feira.


Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) enfatizou que, com a medida, todo o Estado passa a estar na fase amarela, mais restritiva do que a verde, onde estavam até então a capital e a região metropolitana, além de outras áreas do Estado. No total, 76% da população do Estado estava na fase verde.



“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo do Estado de São Paulo e o Centro de Contingência do Covid-19 decidiram que 100% do Estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano São Paulo”, disse Doria, acrescentando que a mudança não afeta a programação de volta às aulas nem implica no fechamento de escolas.


“Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio, nem bares, nem restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas, mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19”, acrescentou.


A mudança ocorre no dia seguinte ao segundo turno da eleição municipal. Dados sobre internações do governo do Estado e informações da rede hospitalar privada já vinham apontando nas últimas semanas para um crescimento da pandemia, mas o governo Doria optou por realizar a reclassificação do plano de reabertura somente nesta segunda.


Autoridades de saúde paulistas afirmam que a decisão de deixar a reclassificação para o dia seguinte ao do segundo turno da eleição municipal se deveu à instabilidade recente dos dados da pandemia de responsabilidade do Ministério da Saúde que, disseram, impossibilitou uma análise segura dos indicadores da pandemia.


Doria também descartou a possibilidade de adoção de um lockdown no Estado para frear a disseminação do vírus e afirmou que esta medida sequer está sendo considerada pelas autoridades estaduais.


“Não há perspectiva de lockdown. Nós não utilizamos o mecanismo de lockdown durante todos esses meses”, disse Doria. “Entendemos que, embora seja um mecanismo existente, ele não será aplicado, não está sendo considerado aqui”, acrescentou.

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