segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Carros abandonados em estacionamentos públicos são problema recorrente em Campo Grande

 


                                            Fotógrafo Álvaro Rezende

Brenda Machado

Quem costuma transitar pela cidade certamente já se deparou com algum carro abandonado na rua. São dezenas de veículos, alguns já sucateados, ocupando ambientes que poderiam servir a outros motoristas.


Deacil Lopes, morador da Capital, reclama que os pedestres também são prejudicados, uma vez que perdem espaço de circulação, já que alguns desses veículos preenchem parte das calçadas ou fachada de oficinas, que servem para reparação e serviços, por exemplo.


"Causam transtornos no trânsito, ocorre acidentes por impedir a visão, principalmente de motorista e motociclistas.", destacou Deacil.


Na maioria das vezes, são carros que estão com os pneus murchos, a lataria danificada, sem os faróis ou até sustentados apenas pela carcaça.


O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define como "sucata" aqueles veículos que não estão aptos a trafegar, porém não regulamenta ações para quando estas ocupam vias públicas.


O diretor-presidente da Agência de Transporte e Trânsito do Município (Agetran), Janine Bruno, usou as normas da CTB para justificar a falta de iniciativa municipal.


Ele reforçou que o Código só prescreve multa quando o veículo está "rodando" irregular, caso contrário não há poder para remoção.


"Estes veículos estacionados em via pública, desde que estejam numa vaga regular, não podem ser removidos.", reiterou.



Ainda sobre as medidas que podem ser adotadas pela Prefeitura, o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Luis Eduardo Costa, disse que há uma falta de regramento no CTB que norteie a melhor saída.


"Tanto a Agetran quanto a Semadur são órgãos cumpridores da lei, não fazedores delas.", disse o secretário.


Ainda segundo ele, o ideal seria que houvesse um debate a respeito das latas-velhas abandonadas, já que a falta de zelo prejudica a população.


"Este é um tema legal para Câmara Legislativa. O ideal é que os materiais recolhidos, como o aço e o ferro, possam ser reaproveitados de alguma forma.", finalizou.

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