quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Soja e milho dependem do clima nos EUA


Por: -Leonardo Gottems

Mesmo seguindo reduções drásticas de qualidade da safra nos Estados Unidos, o mercado internacional da soja e milho se mantiveram sob estabilidade, aponta a Consultoria ARC Mercosul. “Algumas agências privadas de monitoramento de culturas em campo trazem quebras pouco significantes após um mês de Agosto danoso ao Cinturão Agrícola”, explicam os analistas.

“A falta de chuvas afetou negativamente a qualidade dos cereais e oleaginosas em desenvolvimento no país, entretanto os mapas climáticos para Setembro voltaram a trazer uma regularização do clima. Em algumas semanas teremos a colheita avançando por solo estadunidense, quando teremos uma maior clareza sobre o potencial produtivo da atual safra norte-americana”, afirma a ARC.

No Brasil, dizem os analistas, o mercado foi “guiado pelas variações cambiais, que trouxe uma forte queda do Dólar após a divulgação dos níveis acelerados de manufatura no país, seguido de taxas de desemprego estabilizadas. A valorização do Real refletiu em todo o setor de commodities, que teve correções passageiras”.

CLIMA

Os mapas climáticos analisados pela ARC ressaltam a volta de um padrão com chuvas regulares e temperaturas medianas para o Cinturão Agrícola nesta primeira metade de Setembro: “Índices pluviométricos entre 20-80mm são projetados para estas próximas 2 semanas sobre todas as principais regiões produtoras dos Estados Unidos. Os totais mais pesados estão concentrados na semana entre 8 a 15 de Setembro, quando uma rodada de precipitações vem cobrindo todo os estados de Iowa, Wisconsin, Missouri, Illinois, Indiana e Ohio”.

A ARC lembra que nestes próximos 30 dias a grande maioria da safra de soja e milho nos Estados Unidos passará de reprodutivo para maturação: “Sendo crucial um equilíbrio climático para amenizar as perdas durante Agosto. O chefe meteorológico da ARC alerta que o padrão meteorológico para o fim da safra no país é estável. O grande foco das atenções agora será o início da colheita norte-americana, o que dará um direcionamento do real potencial produtivo após semanas de seca e intempéries climáticas”.

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