segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Estado mantém média de 600 internações semanais por síndrome respiratória aguda grave

                                          Foto; Cicho Ribeiro
Por André Bento

Mato Grosso do Sul segue com uma média semanal superior a 600 casos notificados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com pacientes hospitalizados. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, entre os dias 24 e 31 de julho o número total saltou de 5.069 para 5.689.

Mesmo com essa crescente, as confirmações para Influenza seguem estáveis em 80 há pelo menos um mês e a mais recente morte causada pela doença é datada de 18 de abril. São oito óbitos em território estadual, cinco em Campo Grande, dois em Corumbá e um em Ponta Porã. Três foram atribuídos à Influenza A H1N1, quatro à Influenza não subtipado, e um Influenza B.

Conforme já noticiado pelo Dourados News, estudo elaborado por professores e estudantes de três universidades federais relaciona o número elevado de notificações de SRAG a uma eventual subnotificação dos casos do novo coronavírus (Covid-19), com mais de 26 mil diagnósticos e 404 mortes no Estado até domingo (2).

“Muitos casos de internações e óbitos registrados como SRAGs não específicas podem ser casos de Covid-19. E isso nos chama a atenção para a subnotificação da doença, a baixa proporção de população testada e pela baixa sensibilidade do teste, aplicado de forma pouco invasiva”, pontua Archanjo da Mota, que coordena equipe de pesquisadores da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) e da UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia).

Essa análise consta no “Relatório técnico descritivo: Geocartografia dos Indicadores de Morbidade e de Mortalidade da COVID-19 em Mato Grosso do Sul, da 27ª à 29ª semanas epidemiológicas”, que também contou com apoio de pesquisadores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

Em 2019, antes da pandemia, as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave eram menores em Mato Grosso do Sul. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, até 13 de novembro do ano passado, não passavam de 1.634, enquanto as confirmações para Influenza eram superiores, 335 no mesmo período, com 68 óbitos.

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