Em audiência, empresa disse que redução das linhas de devida a Covid-19 foi causa das demissões
Daiany AlbuquerqueO Consórcio Guaicurus deverá apresentar, até a quarta-feira (12) uma proposta de compensação aos 157 trabalhadores que foram demitidos durante o período da pandemia da Covid-19. A medida foi determinada em audiência de conciliação realizada na sexta-feira (7), entre o sindicato da categoria e a empresa, no Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com o órgão, essa proposta pode ser a manutenção do plano de saúde de todos os atingidos até a data base da categoria (novembro de 2020), e a manutenção do uso do transporte coletivo de forma gratuita por estes trabalhadores também até a data base da categoria.
Outra determinação é que todas as homologações de rescisão sejam feitas no sindicato da categoria, depois que a entidade analisar todas as verbas repassadas pela empresa, para se certificar de que não há nenhum valor a menos. Para isso, o consórcio deve disponibilizar todos os documentos 48 horas antes da reunião.
Segundo o presidente do sindicato, Demétrio Ferreira de Freitas, a categoria tentou, mas não conseguiu a reintegração desses profissionais. “Devido a crise da pandemia a empresa mostrou documentos e argumentos de que ela não tem onde colocar esses trabalhadores, então, como ela não consegue pagar o trabalhador para ficar em casa parado, ela vai ter que tomar essa medida. É triste para a gente saber que tanto companheiros perdendo seus empregos. Hoje eu como um dirigente sindical, é triste falar que nosso ramo de transporte público está em decadência, eu tenho até medo de pensar no futuro”.
Ainda conforme o sindicalista, o Consórcio se comprometeu a, caso a situação melhore no futuro e ela volta a recontratar, esses profissionais terão prioridade para as vagas que possam surgir.
De acordo com o MPT, as partes concordaram em formalizar uma negociação coletiva em até 60 dias, quando negociarão requisitos e compensações para futuras dispensas em massa ocorridas durante a pandemia.
Por conta desta situação, a categoria chegou a ameaçar entrar em greve na sexta-feira. O grupo faria uma assembleia para deliberar o tema pela manhã e por conta disso as primeiras viagens não seriam feitas. Entretanto, o Ministério Público do Trabalho interveio para que essa conciliação fosse feita e o serviço não fosse prejudicado.
O presidente da categoria também disse que, com as deliberações da reunião, a greve não deverá ocorrer.
Com informação do Portal Correio do Estado
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