sábado, 29 de agosto de 2020

Benefícios emergenciais pagam R$ 2,7 bilhões à população de Mato Grosso do Sul





Os benefícios sociais criados para auxiliar a população durante a pandemia de Covid-19 movimentaram a economia de Mato Grosso do Sul. Conforme a superintendência regional da Caixa Econômica Federal, mais de R$ 2,7 bilhões serão injetados no Estado até o mês que vem. De acordo com economista, cerca de 10% da população do Estado sobrevive exclusivamente dos benefícios.

Somente o auxílio emergencial disponibilizou R$ 2,2 bilhões até o dia 27 deste mês. O benefício de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família) é uma ajuda paga a trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs), criado para reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia.

Para quem tem saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até o fim de setembro, com a conclusão do calendário dos saques emergenciais, mais R$ 500 milhões serão disponibilizados para 900 mil beneficiários em MS.

O pagamento é realizado de acordo com o mês de nascimento do trabalhador e no valor máximo de R$ 1.045. O primeiro pagamento, para nascidos em janeiro, foi realizado no dia 29 de junho, e o último grupo, nascidos em novembro e dezembro, receberá os valores no dia 27 de setembro.

Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, os benefícios foram importantes para manter a movimentação econômica de Mato Grosso do Sul.

“A gente pode dizer, de uma forma geral, que todo recurso neste momento tende a ampliar as expectativas, principalmente quando a gente considera o atual cenário do coronavírus. Esses recursos foram muito necessários, ajudaram a amenizar os impactos do coronavírus. Foi em totalidade [que ajudaram]? Não. Mas entre nada e pouco, esse pouco pode significar muito para diversas famílias. E trouxe mais esperança para essas famílias que não tinham expectativa de renda mínima para sobrevivência nessa pandemia. No Estado, foi a principal fonte de renda de 10% da população. Sem dúvida, foi uma ajuda vinda em um momento de necessidade”, disse.

A economista ainda lembra que houve um aumento no desemprego, que já desacelerou, mas ainda há muitas pessoas que precisam destes recursos.

“Seja para o pagamento de contas em atraso, sobrevivência ou consumo prioritários. Mas esses recursos precisam ser gastos de forma consciente, renegociando o que for possível. De qualquer forma, [esses recursos] vêm para a economia. Seja para as instituições bancárias, com o pagamento de contas, seja na forma de consumo, para alimentação e despesas prioritárias”, concluiu Daniela.


Com informação do Portal Correio do Estado

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