quarta-feira, 4 de março de 2020

Guarda municipal culpava amigas de Maxelline pelo término e já ameaçou-as

                                            Foto: Facebook

Valtenir Pereira da Silva - guarda municipal de 35 anos que matou a ex-namorada Maxelline da Silva dos Santos, de 28, e Steferson Batista de Souza, de 32, amigo dela - culpava as amizades da vítima pelo término do relacionamento que ambos mantinham.

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Sueili Araújo, o autor inclusive chegou a ameaçar as amigas de Maxelline, que era professora - mas não revelou o teor das agressões verbais. “Ele culpava as amigas pelo término, aparentemente, daí o seu ódio contra todos na data dos fatos”, disse a delegada, em nota.

Valtenir além de cometer o duplo homicídio ainda atirou na esposa de Steferson, Kamila Teles Bispo, de 31, quando a mesma tentou fugir, na madrugada do último domingo (1º), em Campo Grande. O casal estava em casa com Maxelline quando, durante um churrasco, o guarda municipal chegou.

A professora e Kamila foram até a frente da residência conversar com o suspeito, quando ocorreu uma discussão. Em seguida, o guarda atirou na cabeça da ex-namorada e nas costas da amiga, quando ela tentou fugir para dentro do imóvel. Ao ouvir o tiro, Steferson foi ver o que tinha acontecido e também acabou sendo atingido por um disparo, também morrendo no local.

Kamila foi encaminhada para Santa Casa e transferida para o Hospital da Unimed, onde passou por cirurgia para retirar o projétil e já teve alta. Conforme Sueili, ela está em um lugar sigiloso devido às ameaças que Valtenir, que ainda está foragido, já proferiu anteriormente,

REINCIDENTE E COM POSSE DE ARMA

O guarda é reincidente em crimes contra a mulher, segundo informou a polícia. Em 2014 ele ameaçou e agrediu uma outra ex-namorada, novamente porque não aceitava o término do relacionamento. “Demonstrando um sentimento de posse sobre a mulher, comum do machismo enraizado em muitos homens e até em muitas mulheres”, afirmou Araújo.

A Guarda Civil Municipal não foi informada sobre este caso, e consequentemente o mesmo não foi afastado e manteve o cargo e o porte de arma. Agora, a GCM instaurou processo administrativo disciplinar contra Valtenir, que foi afastado das funções por 60 dias e teve o porte e posse de arma suspenso, em decreto no Diário Oficial do município (Diogrande) de terça-feira.

Segundo apontam as diligências, ele não pretende se entregar e ainda é classificado como foragido, já que há um mandado de prisão preventiva contra ele.
Com informação do Portal Correio do Estado

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