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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
Baterista do System Of A Down fala sobre novo projeto solo: “Não se compara ou compete com a banda”
Rolling Stones Foto: Divulgação
Os quatro integrantes do System of a Down deram continuidade a projetos fascinantes para além do contexto da banda, cujo último lançamento foi Hypnotize, em 2005.
Enquanto o vocalista Serj Tankian criou a trilha sonora do jogo de videogame Midnight Star, o guitarrista Daron Malakian lidera a banda Scars On Broadway, que lançou o disco Dictator em 2018, e o baixista Shavo Odadjian participa da banda de rap Achozen ao lado de RZA, membro do Wu-Tang Clan. E, para não ficar de fora, o baterista John Dolmayan tem trabalhado arduamente em These Grey Men - provavelmente o álbum mais idiossincrático do grupo.
No papel, pode parecer convencional - um EP solo com diversos colaboradores, incluindo M. Shadows, vocalista do Avenged Sevenfold, e Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine, trabalhando em oito covers. Na prática, é uma coletânea que se move por todo o mapa musical e faz desvios completamente inesperados, de Eminem (“Rock Bottom”) a Two Door Cinema Club (“What You Know”).
Além disso, um dos maiores tesouros de These Grey Men é a solidez de Tankian ao cantar Talking Heads (“Road To Nowhere”) e David Bowie (“Starman”). São escolhas corajosas, dado o status clássico de ambas as canções, mas ousadas e excelentes na forma como foram executadas.
“Lembro-me de pensar na época em que mesmo as maiores bandas faziam covers de outras, por exemplo, alguém tocando uma música do [Led] Zeppelinou [Jimi] Hendrix tocando uma música dos Beatles - o quão legal esses tempos devem ter sido”, disse Dolmayan à revista Kerrang. “Você lançaria uma música e dois dias depois alguém teria feito uma versão dela. Isso acontece muito no mundo do rap, mas eu pensei que a mentalidade colaborativa estava em falta no rock. Então a inatividade do System combinou com os meus devaneios de: ‘O que eu teria feito se fosse o baterista tocando tal música em tal época?’”
No entanto, o projeto demorou um pouco para sair do papel: “Eu tive filhos e tudo mais. A vida acaba levando você para um caminho diferente do esperado, mas a arte não tem linha do tempo”, revelou o baterista.
John Dolmayan também falou sobre o por que é tão difícil concluir um novo disco do System of a Down. “Infelizmente, não é algo que está sob o meu controle. Eu queria fazer um álbum em 2007… e 2009… e 2012… e 2015… e 2018, e estaríamos fazendo um álbum agora se dependesse de mim.”
“Eu disse que precisamos colocar nossos egos de lado quando se trata desse tipo de coisa. Começamos como uma banda muito batalhadora, nenhum de nós tinha dinheiro, mas corremos atrás - não queríamos dinheiro, mas porque éramos apaixonados pela música”, explicou Dolmayan. “O erro que muitos de nós cometemos foi acreditar no entusiasmo sobre nós mesmos. Você começa a acreditar que é maravilhoso, e tudo o que você faz é ouro, como se nada mais importasse.”
“Todos nós [Tankian, Malakian, Odadjian e Dolmayan] tivemos projetos paralelos que, comparados com a nave-mãe, eram medíocres, incluindo o meu. Minhas coisas não se comparam ou competem com o System . É apenas algo que eu fiz por prazer, e espero que as pessoas gostem, mas o System não é comparável a qualquer outra coisa que qualquer membro individual da banda tenha realizado musicalmente”, ele polemizou. “Eu sei que Daron provavelmente está produzindo outro álbum do Scars On Broadway, Serj está fazendo seu trabalho orquestral solo, e eu estou fazendo minhas coisas, mas deixe-me dizer: nada disso significará nada comparado ao System, porque éramos os quatro de nós juntos, com nossos talentos unificados para um propósito. É isso que torna o System ótimo. A falta disso é apenas... uma falta. Se perdêssemos algum membro, seríamos mais pobres por isso.”
O primeiro disco solo de John Dolmayan, These Grey Men, estreia em 28 de fevereiro.
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