Por: AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA Foto;Rodrigo Alves Vieira/Divulgação
As larvas da mosca da bicheira se alimentam de tecido vivo, e são postas em ferimentos pré-existentes em animais de sangue quente, provocando queda na produtividade e até a morte de bovinos, ovinos e outros. No Brasil, os prejuízos podem chegar a U$ 380 milhões por ano, conforme estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o coordenador geral de sanidade animal do Mapa, Jorge Caetano Júnior, o controle do inseto precisa ser feito em conjunto entre os territórios afetados. Atualmente, a mosca (C. Homnivorax) só está presente em países da América Latina, tendo sido erradicada nos Estados Unidos, Canadá e México através de um sistema de esterilização de machos. “A mosca da bicheira só copula uma vez, então esterilizando os machos, conseguimos reduzir ou acabar com a população”, explica.
Porto Alegre sedia na próxima semana um evento para integrantes dos ministérios da agricultura de diversos países da América Latina. Trata-se de um treinamento para controle da mosca da bicheira que vai apresentar informações sobre o controle de população do inseto através de tecnologia nuclear. O assunto vem sendo tratado pela Agência Internacional de Energia Atômica em conjunto com o Serviço Veterinário Oficial dos países do continente. O treinamento vai contar com a presença de palestrantes de diversos países e abordar temas como epidemiologia e ecologia das populações da mosca. A atividade vai contar com um Dia de Campo no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.
O projeto da Agência Internacional de Energia Atômica tem o objetivo de utilizar a tecnologia nuclear para esterilizar os machos das moscas através de irradiação, reduzindo a população. O evento acontece de 7 a 11 de outubro no Hotel Intercity, em Porto Alegre.
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal está apoiando o evento. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, explica que o controle de pragas na pecuária é fundamental “especialmente quando refletimos sobre o trânsito global de pessoas, animais e produtos”. Segundo ele, “a união de diferentes países em torno deste assunto, ainda que de forma inicial, traz uma nova perspectiva”, afirma.
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