segunda-feira, 22 de julho de 2019

Maior traficante da América Latina terá fazendas leiloadas



Por Eduardo Penedo


As duas fazendas do traficante Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, considerado por anos o maior traficante da América Latina e preso em julho de 2017, irão a leilão no dia 30 de julho deste ano, às 10h00. As fazendas podem ser arrematadas tanto presencialmente em Curitiba (PR) como via internet.

Por enquanto serão apenas duas propriedades localizadas no norte do Mato Grosso. As duas propriedades ficam em Marcelândia, no norte mato-grossense. Uma delas, denominada como Fazenda Estrelinha possui 596,4595 hectares entre área aberta utilizada para a produção de grãos e mata nativa. O local contém como benfeitorias: dois barracões, duas casas de alvenaria e quatro casas de madeira. Ela está avaliada em R$ 7.517.400,00.

Já a segunda fazenda, chamada de Fazenda Jupinda II, tem 620,5725 hectares, encontra-se coberta por vegetação nativa e não possui benfeitorias. Sua avaliação é R$ 1.241.145,00.  

Como Participar do leilão

Para participar, os interessados deverão realizar o cadastro prévio, até 24 horas antes do início do leilão, no site https://topoleiloes.com.br/ e na data prevista ofertar os lances durante o leilão. Outra opção é participar de forma presencial no Auditório Topo Leilões, situado na Rua Prefeito Ângelo Ferrário Lopes, nº 1705, em Curitiba, no Paraná.  

Caso não haja arrematação a vista, poderão ser aceitos lances para pagamento parcelado da arrematação, com um sinal de 25% do valor total do lance e o saldo remanescente em até 30 parcelas mensais.

Valores e formas de pagamento

No primeiro leilão serão aceitos lances de valor igual ou superior à avaliação das propriedades. Caso nenhuma delas seja vendida, ocorrerá um segundo leilão no dia 13 de agosto, às 10h00, e os lances poderão ser de valores iguais ou superiores a 80% do valor de avaliação.

As propriedades serão entregues livres e desembaraçados de ônus, inclusive os de natureza fiscal (art. 130, § único, do CTN).

Quem é Cabeça Branca

Conhecido como Cabeça Branca, Luiz Carlos da Rocha foi dono de um patrimônio avaliado em pelo menos R$ 325 milhões de reais e esteve no topo da lista dos criminosos mais procurados do país por mais de três décadas. Sozinho era responsável por abastecer mensalmente com pelo menos cinco toneladas de cocaína, de alto grau de pureza, países na Europa, na África e nos Estados Unidos.

Considerado pela Polícia Federal como um grande empresário do narcotráfico e chamado de Pablo Escobar brasileiro, ele foi preso, pela Polícia Federal, em Sorriso, no Mato Grosso. Sua história é contada no livro “Cocaína, a rota caipira”, do jornalista e escritor Allan Abreu.

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