quinta-feira, 4 de abril de 2019

Bolsonaro recebe nesta quinta-feira presidentes de seis partidos


G1                                      Foto:Divulgação



A Casa Civil informou que o presidente Jair Bolsonaro iniciará nesta quinta-feira, dia 04 de abril, a rodada de reuniões com dirigentes de partidos. Entre os temas que serão discutidos, está a busca de apoio para aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.

Segundo a Casa Civil, as reuniões terão a presença do ministro Onyx Lorenzoni, já que ele responde pela articulação política do governo. De acordo com a agenda oficial, Bolsonaro receberá nesta quinta os presidentes de seis partidos:

Marcos Pereira, presidente do PRB

Gilberto Kassab, presidente do PSD

Geraldo Alckmin, presidente do PSDB

Ciro Nogueira, presidente do PP

ACM Neto, presidente do DEM

Romero Jucá, presidente do MDB

As conversas com dirigentes partidários continuarão na semana que vem, com a previsão de audiências com outras cinco siglas, entre as quais o PSL, legenda do próprio Bolsonaro.

Nesta quarta (3), ao conceder entrevista no Congresso, Onyx explicou que um dos objetivos da aproximação com os partidos é conquistar o apoio para reforma da Previdência.

“Vai ser o tom de convidá-los – a instituição partidária – para que participem desse esforço de construção do entendimento na busca de poder ter a nova Previdência aprovada, que o Brasil encontre o equilíbrio fiscal”, afirmou Onyx.

'Jogar pesado'

As audiências com presidentes de partidos são os primeiros compromissos oficiais de Bolsonaro após retornar, na quarta-feira, de uma visita de quatro dias a Israel. Ainda no exterior, o presidente assegurou foco na reforma.

“Vamos jogar pesado na [reforma da] Previdência, porque é um marco. Se der certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar”, disse.

Após três meses de governo, o Planalto ainda não dispõe de uma base parlamentar organizada e, na semana passada, Bolsonaro teve uma troca de farpas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro repete que não deseja praticar a “velha política”, com oferta de cargos na administração pública em troca de apoio dos partidos no Congresso.

Ao blog do jornalista Valdo Cruz, o ministro Onyx Lorenzoni afirmou que a intenção do presidente não barra eventuais indicações políticas para cargos de segundo escalão nos estados, desde que obedecendo a critérios técnicos.

Tramitação da reforma

Enviada ao Congresso em fevereiro, a proposta de emenda à Constituição (PEC), com mudanças nas regras de aposentadoria, é considerada prioritária pela equipe econômica para equilibrar as contas públicas.

O texto ainda não avançou na Câmara. Está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, ainda terá de passar por uma comissão especial antes de ser votado em plenário.

Para ser aprovada na Câmara, a reforma exigirá duas votações, com o apoio de ao menos 308 dos 513 deputados em cada turno. Em caso de sucesso, o projeto seguirá para o Senado, onde terá de ser aprovado, também em dois turnos, com os votos de 49 dos 81 senadores.

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