quarta-feira, 13 de março de 2019

Após um mês, empresa abandona reforma do Guanandizão


Jones Mario


A Ajota Engenharia e Construção Ltda, vencedora da concorrência para a reforma do Ginásio Guanandizão, alegou problemas financeiros e pediu a rescisão do contrato com a prefeitura de Campo Grande.

A informação foi confirmada pelo titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese. Segundo ele, a segunda colocada no certame - Recoma Construções, Comércio e Indústria Ltda - foi convocada para assumir a obra.

“Só fizeram demolição de piso e algumas partes de banheiros. Praticamente nada”, disse o secretário sobre os serviços executados pela Ajota, que pediu a rescisão no fim de fevereiro.

O contrato com a prefeitura foi fixado em R$ 1.881.538,29, recurso repassado pelo governo do Estado, via Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).

A ordem de serviço para a reforma e adequação do ginásio foi assinada no fim de janeiro deste ano, quando o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Rodrigo Terra, estimou a reinauguração para 30 de novembro.

Após a paralisação das obras, o titular da pasta admitiu que a previsão deve ser revista. “Vamos ver. Temos que refazer essas datas”.

Na ocasião da assinatura, Terra revelou negociação com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) a fim de trazer um jogo da Superliga de vôlei masculino para a reinauguração.

SERVIÇOS

Aberta em setembro do ano passado, a concorrência para reforma do ginásio estimava investimento de R$ 2,3 milhões. O projeto elaborado pela Sisep prevê reforma completa das instalações elétricas, orçada em R$ 470,3 mil; substituição do piso da quadra (R$ 352 mil); pintura geral (R$ 404 mil); e paisagismo (R$ 106 mil).

O cronograma ainda projeta vedação de buracos na cobertura, instalação de tela em torno do ginásio - para evitar a proliferação de pombos -,  reforma de calçada externa com acessibilidade, e regularização e pintura das quadras de esporte externas.

PUNIÇÃO

O edital para reforma do Guanandizão prevê punições à empresa. A Ajota pode ser multada em 2% sobre o valor contratado caso ocorra atraso injustificado, em 5% por inexecução total e em até 10% por inexecução parcial.

A construtora também pode ficar suspensa de participação em licitação e impedida de contratar com a prefeitura por até dois anos.

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