sábado, 22 de dezembro de 2018

Ponte de Murtinho consolida a entrada de MS na Rota Bioceânica



Com Agências


Os presidentes do Brasil Michel Temer e do Paraguai, Mario Abdo, transpuseram, na sexta-feira (21) – com a autorização da construção de ponte que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta – a última barreira para a consolidação da Rota Bioceânica. Com esta obra, Mato Grosso do Sul terá acesso rodoviário ao Oceano Pacífico, ampliando as possibilidades de conquista de novos mercados para exportação de produtos.

A rota terrestre permitirá redução de, pelo menos, 8 mil quilômetros do trajeto para escoar a produção do Estado. Os procedimentos para a construção devem ser iniciados já a partir do ano que vem.

A autorização para a obra foi dada com a assinatura de declaração conjunta dos dois países, pelo presidente Michel Temer e Mario Abdo, do Paraguai, em cerimônia realizada no fim da tarde, na Usina Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR). A vice-governadora Rose Modesto representou o governo do Estado na solenidade.

O custo total previsto para essas duas pontes é de US$ 270 milhões, pouco mais de R$ 1 bilhão, investidos ao longo dos próximos dois anos e meio a três anos, prazo também previsto para a conclusão das obras. Pelo que foi acordado entre os dois governos e pela diretoria de Itaipu, a parte paraguaia da usina financiará a construção da ponte em Mato Grosso do Sul e a margem brasileira entrará com recursos para a ponte em Foz do Iguaçu. Agora, os projetos devem ficar a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit).

Importância

De acordo com a vice-governadora, a obra é de suma importância para Mato Grosso do Sul. “Com a assinatura desse tratado rompemos a última barreira para concretização da Rota Bioceânica. Essa é uma grande conquista para nosso Estado e que irá nos tornar ainda mais competitivos. Exportar nossos produtos por um caminho mais curto pode trazer melhoria a toda a cadeia produtiva”, avaliou. Para a vice-governadora, também haverá ganhos sociais. “A integração sul-americana abre um novo leque de oportunidades sociais e de troca de experiências entre os povos”, completou.

O governador Reinaldo Azambuja destacou que o novo caminho entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai representa melhores condições para exportações de produtos primários e industrializados. “Abrir esse corredor é tornar os nossos produtos mais competitivos lá fora”, disse. “A nova passagem ainda fomenta o turismo e aproxima ainda mais nossas culturas”, disse.

 Investimento

Além da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, outra travessia será erguida no Rio Paraná, em Foz do Iguaçu. Elas serão custeadas pelos dois países por meio da Itaipu Binacional. O custo estimado da obra é de R$ 1 bilhão e a construção deverá ser concluída em até três anos.

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