sábado, 15 de dezembro de 2018

MS tem 150 pacientes na fila de tratamento de radioterapia



Mais de 150 pessoas com diagnóstico de câncer aguardam tratamento de radioterapia em Mato Grosso do Sul, em razão da falta de aparelhos de aplicação. O Estado tem apenas um equipamento em funcionamento, que atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O aparelho está no Hosptial de Câncer Alfredo Abrão (HCAA), em Campo Grande, e começou a operar somente em julho deste ano, após a unidade ficar mais de 15 meses sem oferecer o tratamento. Atualmente, segundo o hospital, são atendidos 50 pacientes por dia. Mas o aparelho não opera com capacidade total, pois poderia atender até 80 pacientes por dia.

A situação no Estado é crítica, pois ainda não há o número mínimo de aparelhos recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de um para cada 500 mil habitantes. Ou seja, para uma população de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes, o Estado deveria ter pelo menos cinco equipamentos em funcionamento. Enquanto isso, a fila de pacientes que aguardam por radioterapia tem 150 pessoas, de acordo com informações do secretário de Estado de Saúde (SES), Carlos Coimbra. E a previsão é de que a espera seja controlada somente a partir de 2020, quando dois novos aparelhos devem começar a funcionar no Hospital Universitário (Humap-UFMS) e também no Hospital Regional (HRMS), ambos na Capital. De um equipamento o Estado passará a ter três, com atendimento exclusivo para pacientes do SUS.

Na Capital, há mais dois aparelhos em clínicas particulares, Radius e ITC. A Clínica Radius atende aproximadamente 120 pacientes do SUS por dia, que fazem tratamento em três turnos. Já em Dourados, a 230 quilômetros de Campo Grande, um equipamento em clínica particular também atende pacientes do SUS. Na cidade, outra clínica privada também está em processo para terminar a instalação de um acelerador até janeiro de 2019. A importação do aparelho recebeu isenção de imposto estadual no valor de R$ 750 mil, que será compensado em sessões de radioterapia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário