domingo, 18 de novembro de 2018

Traficante brasileiro mata namorada dentro de cela no Paraguai

                                        Foto Divulgação


Conforme informações preliminares, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi morta com uma faca de cozinha durante uma visita ao traficante. Ainda segundo o site paraguaio, a jovem recebeu o primeiro golpe na cabeça e depois de inconsciente, vários outros na região do pescoço. Foram pelo menos 16 facadas.

Lidia foi encontrada já ferida depois que um agente da penitenciária ouviu gritos vindos da cela do narcotraficante brasileiro. Ela chegou a ser levada ao Hospital General Barrio Obrero, mas não resistiu aos ferimentos.

A suspeita é de que o assassinato seja uma estratégia para impedir, ou pelo menos atrasar, a extradição do bandido ao Brasil, já que todos os recursos legais para isso foram negados pela justiça. Foi no final de outubro que a juíza Alicia Pedrozo determinou a volta de Piloto, mas isso só poderia acontecer após encerrados as duas ações penais em que ele é réu no Paraguai - uma por homicídio e outra por uso de documento falso.

A audiência sobre a falsificação aconteceu na última sexta-feira, dia 16 de novembro. Enquanto a juíza e o promotor tentavam acelerar a extradição, a defesa de Piloto alegava que a investigação sobre o crime não foram feitas corretamente. Agora, com o assassinato, o processo de volta ao Rio de Janeiro não tem data para acontecer.

No final de outubro, o Ministério do Interior paraguaio disse ter impedido um plano para fuga para libertar o traficante. A operação policial terminou com a morte de três supostos integrantes do Comando Vermelho e a explosão controlada de um veículo cheio de explosivos com o qual supostamente pretendiam impactar a prisão na qual o criminoso está recluso.

Já no Brasil, Piloto é condenado em dois casos, um deles a 21 anos de reclusão e a cinco anos e quatro meses no outro.

Comerciante de drogas

Em entrevista coletiva na sexta-feira, Marcelo Piloto confessou ser traficante de drogas e de armas do Paraguai para o Brasil e negou ter planejado ataques terroristas com explosivos, como foi acusado após a descoberta de um esconderijo da facção.

“Todo mundo sabe que me dedico ao comércio de armas e drogas. Compro em Assunção e vendo em Ciudad Del Este, vendo em Pedro Juan Caballero. Vendo coisas ilícitas, sou comerciante. Sou traficante, não sou terrorista. Ser acusado de terrorista no Brasil pode acabar em morte”, afirmou o bandido brasileiro.

Na segunda-feira (12), a advogada Laura Casuso, sócia do escritório que defende Marcelo Piloto, foi executada por pistoleiros em Pedro JuanCaballero. Ela também defendia outro narcotraficante brasileiro, Jarvis Gimenes Pavão, extraditado em dezembro do ano passado e preso no Presídio Federal de Mossoró (RN).

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