quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Primeiro original polonês da Netflix retrata a Guerra Fria nos anos 2000

Por KREITLON PEREIRA, VIA STREAMING

Com a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética como potências mundiais no período subsequente à Segunda Guerra Mundial, o planeta Terra se dividiu entre ideologias político-sociais de caráter antagônicos: o capitalismo e o socialismo.

Por quase meio século, esses dois países se enfrentaram indiretamente em confrontos internacionais, como a Guerra das Coreias, do Camboja e do Vietnã. Porém, foi na Europa que esse dualismo se mostrou mais intenso, com a repartição do território alemão e o racha entre leste e oeste através da Cortina de Ferro.

Nesse contexto, a Polônia, que estava sob domínio da URSS, conduziu uma vitoriosa revolução popular capaz de expor os primeiros sintomas de decadência do bloco. Mas e se o movimento tivesse fracassado, será que a Guerra Fria permaneceria viva até hoje?

Com estreia marcada para o dia 30 de novembro, a nova produção original da Netflix, “1983”, se apoia nesse conceito para retratar um fictício ataque terrorista que interrompeu a libertação polonesa e, consequentemente, a queda da União Soviética.

Passados vinte anos do fatídico acontecimento, um estudante de direito idealista e um investigador policial em ostracismo, Kajetan (Maciej Mussial) e Anatol (Robert Wieckiewicz), acidentalmente se veem envolvidos numa conspiração nacional que mantêm a Polônia sob um regime estatal autoritário.

Agora, após duas décadas de paz e prosperidade, as figuras mais poderosas do país orquestram um plano que irá transformar completamente a vida de todos, não só do território polonês, mas do mundo. Dessa forma, a simples existência desses dois homens representa uma real ameaça para o governo instituído.

Afinal, o conhecimento que carregam é mais que o suficiente para iniciar um verdadeiro levante popular.
Ao explorar a ficção dentro de um dos eventos mais conhecidos da história contemporânea fora da perspectiva norte-americana, “1983” dá continuidade ao processo de descentralização do conteúdo original Netflix, encabeçado por séries como “Dark” e “La Casa de Papel”. E assim, a plataforma de streaming norte-americana constrói um catálogo mais amplo e eclético.

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