quarta-feira, 31 de outubro de 2018

STJ aceita recurso e 4 envolvidos na Coffee Break voltam a ser réus

G 1


O STJ (Superior Tribunal de Justiça), aceitou o recurso do PME (Ministério Público Estadual) e quatro envolvidos na operação Coffee Break voltaram a ser réus, são eles: o deputado estadual Paulo Siufi (MDB), o presidente da Câmara de vereadores de Campo Grande, João Rocha (PSDB), o vereador Eduardo Romero (REDE) e ex-vereador Edil Albuquerque (PTB).

O MPE recorreu após o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) arquivar a denúncia contra essas pessoas. A decisão do STJ é da relatora Assusete Magalhães e só pode ser mudada quando o caso chegar ao plenário. Caso a maioria concorde com a relatora, o processo volta para a 1ª instância em Mato Grosso do Sul.

Edil Albuquerque disse que está tranquilo porque cabe recurso, posição parecida de Eduardo Romero, que informou que vai aguardar a decisão do plenário do STJ. João Rocha, disse que acredita na inocência dele e que vai deixar a argumentação da defesa com os advogados. Não conseguimos contato com Paulo Siufi até a publicação desta matéria.

A operação

A operação foi deflagrada em 2015 para apurar suposto esquema de propinas e compra de voto na Câmara Municipal de Campo Grande para cassar o ex-prefeito Alcides Bernal, em 12 de março de 2014.

No dia da operação, nove vereadores foram conduzidos para prestar depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), além de afastar dos cargos o então prefeito Gilmar Olarte (PP) e o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Fonseca (MDB).

Promotores analisaram o período do segundo semestre de 2013 até depois da cassação. Três pessoas, indiciadas por corrupção ativa, atuaram para angariar votos para a cassação, realizando reuniões e oferecendo vantagens. Houve inclusive compra de apoio para afastar Bernal.

Todas essas pessoas movimentaram duas a três vezes dos ganhos anuais. Segundo o Gaeco, um vereador declarou ter recebido R$ 393 mil no ano de 2013 e movimentou em suas contas R$ 4,3 milhões.

Cinco pessoas foram identificadas como articuladoras do esquema. Elas são ligadas à área empresarial e da área política, que efetivamente desenvolveram uma postura mais ativa.

Nesse mesmo dia, Bernal voltou à administração municipal após um ano e cinco meses da cassação. O pepista tentou a reeleição em 2016, mas obteve 26,01% dos votos no primeiro turno e ficou fora do segundo.

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