segunda-feira, 1 de outubro de 2018

PIB-volume deve crescer 1,7% em 2018

                                          Foto;Divulgação
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A estimativa de crescimento do PIB-volume do agronegócio brasileiro para 2018 foi reajustado em junho para 1,7%, segundo estudos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).


Segundo pesquisadores do Cepea, entre os segmentos (insumos, primário, indústria e agrosserviços), o destaque se mantém com os elos industriais e de serviços, embora também se estime crescimento dentro de porteira.

As atuais estimativas sobre os preços relativos do agronegócio, por sua vez, apontam para perda de 4,8% – esse contexto indica que os produtos do setor estão se desvalorizando frente à média da economia brasileira. No balanço dos determinantes da renda, a redução em preços relativos se sobrepôs ao aumento estimado no volume, de modo que, para o PIB-renda do agronegócio, estima-se queda de 3,2%.

CONTEXTO MACROECONÔMICO BRASILEIRO – O PIB total, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceu 1,1% no primeiro semestre de 2018 com relação ao mesmo período do ano passado – resultado aquém do esperado pelo mercado. Segundo o último relatório Focus do Banco Central, a estimativa de crescimento para o PIB, conforme média da análise de agentes do mercado, está em 1,4% para 2018, bastante abaixo dos 3,14% esperados no primeiro relatório Focus do Banco Central, divulgado no início de janeiro.

Segundo pesquisadores o Cepea, esse baixo crescimento econômico segue acompanhado pela manutenção do elevado déficit público, da alta taxa de desemprego e da tendência de queda do poder de compra da população brasileira, além das instabilidades do mercado associadas a especulações quanto às eleições. Este cenário é preocupante para todos os setores produtivos brasileiros, com destaque ao agronegócio, que também tem sofrido pressão de custos, notadamente no que se refere aos impactos da política de tabelamento de fretes imposta pelo governo federal em resposta à greve dos caminhoneiros em maio.

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