quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Partidos aceleram negociações por espaços em MS


Por:Humberto Marques         Foto;Divulgação

As semanas se reduziram a dias e, agora, a poucas horas para finalizar articulações. Ainda assim, o cenário partidário em Mato Grosso do Sul segue agitado há cerca de 72 horas do prazo final para realização das convenções. Da mesma forma que os seis projetos de candidaturas ao governo estadual já colocados ainda têm espaços a serem preenchidos, os pequenos partidos se movimentam em busca de um lugar ao sol para seus candidatos a deputado.

Até as 15h desta quinta-feira (2), eram sete as candidaturas ao governo colocadas: Simone Tebet (MDB), Humberto Amaducci (PT), José Alfredo (Psol), Marcelo Bluma (PV), Odilon de Oliveira (PDT), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Sérgio Harfouche (PSC). Há expectativas sobre o PSL, que pode disputar o Executivo ou, o que se espera, aliar-se a algum projeto. Em quase todas essas candidaturas, alguma das vagas na majoritária ainda precisa ser preenchida.


Simone aguarda a confirmação de um vice e da segunda candidatura ao Senado, já que Waldemir Moka (MDB) tentará a reeleição. Amaducci viu o candidato a senador Zeca do PT ser alvo de aviso da Justiça Estadual de que foi condenado por colegiado e, assim, estaria impedido de disputar a eleição –ele promete recorrer.

Odilon de Oliveira vive situação atípica: depois de lançar a candidatura em 21 de julho, viu o candidato a senador Chico Maia (Podemos) desistir. O lançamento de Leocádia Leme (PDT) ao Senado também será discutido no sábado (4). Até o nome do vice gerou polêmica: primeiro, foi anunciado que o empresário Herbert Assunção (PDT) seria substituído pela radialista Kelliana Fernandes (Pros), mas o próprio PDT informou que isso também seria definido no sábado, e que o próprio Maia pode ser indicado para o posto.

Reinaldo, por sua vez, aguarda definição do DEM para anunciar o presidente regional democrata, Murilo Zauith, como seu vice –Nelsinho Trad (PTB) e Marcelo Miglioli (PSDB) devem disputar o Senado. Já João Alfredo e Harfouche só anunciaram os integrantes de suas chapas nas convenções –a do Psol será domingo (5), no Hotel Túris (na rua Trindade), e a do PSC no sábado (4).




Movimentações – Ambicionado para alianças por ao menos três partidos (PDT, MDB e PSDB), o PRB realiza na noite desta quinta-feira sua convenção, na Câmara Municipal. O quebra-cabeça eleitoral da agremiação envolve o espaço para a candidatura à reeleição do senador Pedro Chaves, projeto que aproxima o PRB de alguns partidos e o afasta de outros. Sexta (3) é a vez do Podemos definir seu destino.

A maior parte das legendas, porém, agendou suas convenções para sábado de manhã. Muitos, aliás, esperam justamente o que eventuais aliados vão decidir ou projetam realizar um ato conjunto. É o caso do MDB, que espera reunir partidos em torno de Simone a partir das 8h, na sede da Associação Nipo-Brasileira.

O grupo, que havia se reunido para apoiar o nome de André Puccinelli ao governo, viu os planos mudarem com a prisão do ex-governador, mantida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em um dos braços da Operação Lama Asfáltica. Indícios de que pode haver dissidências na chapa vieram na noite de quarta-feira (1º), quando dirigentes do Patriota, Avante e PMN se reuniram com Reinaldo para avaliar uma possível aliança e espaços para seus candidatos a deputado –o aval, porém, depende das convenções, também a serem realizadas no sábado.

O MDB contabilizava entre os aliados, além desses três partidos, o PR, PHS, PRTB, DC (Democracia Cristã, o antigo PSDC), PTC e PRP. Eles devem realizar suas convenções juntos, na Nipo.

Dia D – PSDB e seus potenciais aliados que ainda não promoveram convenções devem resolver a questão no sábado (4): PPS, PTB, PP, PSD e Solidariedade pretendem aprovar suas chapas e seguir para o evento tucano. O DEM também se reúne no mesmo dia, também sendo aguardado pelo PSDB

Também no sábado ocorrem as convenções do PV e do PC do B, que se aliarão ao Rede em torno de Marcelo Bluma –a vice será a professora Ana Maria Bernadelli (Rede), com Mário César da Fonseca (PC do B) concorrendo ao Senado. “Ainda estamos discutindo alianças com dois partidos e, sendo fechadas, lançaremos mais uma chapa de deputado estadual e um segundo candidato ao Senado”, explicou Bluma.

No mesmo dia o PMB (Partido da Mulher Brasileira) definirá sua aliança. O presidente regional e pré-candidato ao Senado, Dorival Betini, informou que avalia alianças com o PSDB, PDT, MDB, PV e o PSL –que, também no sábado, decide por uma aliança ou candidatura prória para garantir palanque ao presidenciável Jair Bolsonaro (RJ), já tendo o nome da advogada Soraya Thronicke como candidata a senadora.

Resolvidos – Outros partidos já chegaram ao processo eleitoral resolvidos ou devidamente encaminhados. O PSB, em convenção, aprovou o apoio a Reinaldo –o PSD realizou ato para anunciar o acordo, a ser formalizado em convenção.

O PDT, de Odilon, foi o primeiro partido a realizar convenção. Porém, foi aprovada também uma carta branca para a Executiva regional negociar alianças e definir outras candidaturas –no sábado, o grupo se reúne para solucionar os atuais impasses da chapa.

O PPL realizou seu encontro em 30 de julho, no qual definiu a candidatura de Thiago de Freitas Santos ao Senado e “de sete ou oito candidatos a deputado federal”, segundo explicou o presidente regional, Carlos Henrique Bernardi Pereira. Da mesma forma, o Novo aprovou em 24 de julho o lançamento apenas de cinco candidatos a deputado federal.

Por lei, os partidos têm até 5 de agosto para realizarem suas convenções, e nos dez dias seguintes devem registrar seus candidatos. A campanha de rua começa em 16 de agosto.Com informação Campo Grande News

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