Ex-governador de SP se reuniu com representando Fiems, Famasul, Faems, Fecomércio-MS e Amems, no sábado, em Campo Grande
Ao apresentar as demandas do setor produtivo de Mato Grosso do Sul para o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, no sábado (30), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, colocou como medidas urgentes a segurança jurídica e equilíbrio na política de desenvolvimento entre os Estados para que o empresário volte a investir.
As sugestões do setor para o plano de governo do presidenciável foram apresentadas durante reunião com a participação de empresários e autoridades.
Representando Fiems, Famasul, Faems, Fecomércio-MS e Amems, Longen apontou os principais entraves para o crescimento da indústria, agropecuária, comércio e serviços no Estado, sugerindo, entre outras questões, reforços na segurança da faixa de fronteira com a Bolívia e Paraguai, mudanças na política nacional de desenvolvimento e aprovação de reformas estruturantes.
“O foco das políticas é sempre os grandes centros, e precisamos balancear algumas questões. Nosso Estado tem um grande potencial de desenvolvimento, mas falta esforço político para resolver questões como infraestrutura e segurança nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Nesse caso, só combatendo o tráfico e investindo na faixa fronteiriça, gerando mais empregos e renda, é que a pai de família desta região deixará de se corrompido por esses problemas”, exemplificou o presidente da Fiems.
Em relação à agropecuária, ele mencionou a necessidade de reforços no orçamento da União para o setor. “É preciso manter e ampliar o crédito agrícola, não aumentar as taxas de juros das linhas disponíveis e incentivar o seguro agrícola”, disse Sérgio Longen. “O comércio vem pagando um preço alto, pois está na ponta e, a cada dia, surgem novas regras que ameaçam sua competitividade”, acrescentou.
Geraldo Alckmin
Em resposta às considerações do setor produtivo, Alckmin elencou propostas para a segurança pública na região de fronteira e mudanças a serem implantadas para alavancar a economia local e do país. “Vamos criar uma Agência Nacional de Inteligência, integrando a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas e as polícias Civil e Militar dos Estados e, dessa forma, vamos agir com gente, gestão e tecnologia”, explicou.
Na área econômica, o pré-candidato à Presidência citou o fortalecimento do FCO como alternativa para os empresários de Estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás se manterem competitivos, e outros planos que pretende aplicar caso seja eleito. “Já acionei a equipe econômica que elaborou o Plano Real para que elaborem uma agenda de grandes mudanças. Precisamos criar um ambiente favorável para novos investimentos, porque só assim sairemos da casa dos 13 milhões de desempregados”, analisou. “É preciso descentralizar e criar regras para que o spread bancário seja reduzido, estabilizar o câmbio e reduzir o custo Brasil, que se tornou um país caro e inviável. E aprovar a Reforma da Previdência e Tributária”, acrescentou.
Repercussão
O governador Reinaldo Azambuja, que também é do PSDB, destacou a importância de ouvir as demandas dos setores organizados. “Nós aqui em Mato Grosso do Sul, por exemplo, governamos em consonância com as demandas da sociedade e, alinhados com o setor produtivo, desenvolvemos a maior política de incentivos fiscais do país, que vem dado muito certo e é referência para outros estados”, exemplificou.
O presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, destacou o trabalho conjunto do setor produtivo do Estado, que consegue unificar o discurso e elaborar uma pauta comum para desenvolver a economia como um todo. “Há um grande acordo entre o setor produtivo do Estado, e esta experiência é única, porque em outras regiões os dirigentes das entidades nem sempre conseguem se entender”, lembrou.
Para o presidente da Faems, Alfredo Zamlutti, as propostas apresentadas vão ao encontro das necessidades do setor.
“Agora, é preciso coragem e ousadia para implementa-las. O Alckmin colocou muito bem quando disse que o Executivo do país é completamente de um estado ou do Legislativo, porque você precisa conseguir equilibrar e melhorar para diversos setores, a economia, a saúde, a educação, os impostos. Então esperamos que essas medidas saiam do papel e sejam, de fato, realidade”, pontuou.
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